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Presidente do Banco da Inglaterra critica austeridade

Canadense Mark Carney lamentou que a criação de uma moeda única não tenha provocado a criação de instituições e mecanismos à altura

Mark Carney: "a Eurozona tem sido relativamente tímida na hora de construir as políticas e instituições necessárias para levar uma prosperidade duradoura aos cidadãos" (AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 11h40.

Dublin - O presidente do Banco da Inglaterra (BoE) criticou nesta quarta-feira à noite a política de austeridade da Eurozona , com um alerta para o risco de uma "nova década perdida" se os países ricos não ajudarem os pobres.

Em plena crise da Grécia, o canadense Mark Carney pronunciou um discurso em Dublin no qual lamentou que a criação de uma moeda única não tenha provocado a criação de instituições e mecanismos à altura.

"A Eurozona tem sido relativamente tímida na hora de construir as políticas e instituições necessárias para levar uma prosperidade duradoura aos cidadãos", disse.

Carney defendeu a construção de "instituições que permitam compartilhar riscos, como as que existem nas uniões monetárias de sucesso".

"Atualmente, o progresso em termos de reformas estruturais na Eurozona é desigual. Os dirigentes da Europa não preveem uma união fiscal como parte da união monetária. Esta timidez tem um custo", alertou.

"Não é momento de medidas parciais", completou Carney, cujos comentários poderiam incomodar a Alemanha, que se mostra firme em não reduzir as exigência de reformas da Grécia.

Dentro de uma união fiscal, as decisões sobre a arrecadação e gastos com impostos são tomadas por instituições conjuntas.

"É difícil não chegar à conclusão de que se Eurozona fosse um país, a política fiscal seria claramente mais favorável", completou Carney.

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Em plena crise da Grécia, o canadense Mark Carney pronunciou um discurso em Dublin no qual lamentou que a criação de uma moeda única não tenha provocado a criação de instituições e mecanismos à altura.

"A Eurozona tem sido relativamente tímida na hora de construir as políticas e instituições necessárias para levar uma prosperidade duradoura aos cidadãos", disse.

Carney defendeu a construção de "instituições que permitam compartilhar riscos, como as que existem nas uniões monetárias de sucesso".

"Atualmente, o progresso em termos de reformas estruturais na Eurozona é desigual. Os dirigentes da Europa não preveem uma união fiscal como parte da união monetária. Esta timidez tem um custo", alertou.

"Não é momento de medidas parciais", completou Carney, cujos comentários poderiam incomodar a Alemanha, que se mostra firme em não reduzir as exigência de reformas da Grécia.

Dentro de uma união fiscal, as decisões sobre a arrecadação e gastos com impostos são tomadas por instituições conjuntas.

"É difícil não chegar à conclusão de que se Eurozona fosse um país, a política fiscal seria claramente mais favorável", completou Carney.

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