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Rodrigo Maia e presidente da Comissão falam em blindar Previdência

Para presidente da Câmara, desgaste do governo com vazamento de conversas do ministro da Justiça, Sergio Moro, não pode atrapalhar aprovação de reformas

Marcelo Ramos: presidente da Comissão Especial quer "blindar" reforma da Previdência (José Cruz/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de junho de 2019 às 09h48.

Última atualização em 11 de junho de 2019 às 14h09.

Brasília — O presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência , deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse nesta terça-feira, 11, que irá conversar com líderes da minoria e da oposição para tentar blindar a discussão da proposta das polêmicas em torno do vazamento de conversas do ministro da Justiça, Sergio Moro.

"Farei reuniões hoje com líderes da oposição para tentar blindar a pauta econômica. Acho inclusive que um movimento de obstrução na Previdência agora tiraria o foco do debate sobre Moro", disse o parlamentar, ao chegar ao Fórum dos Governadores.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que vai blindar a Câmara e que o esforço e foco está na aprovação das reforma.

https://twitter.com/RodrigoMaia/status/1138461913543839744

Ramos confirmou que o relatório da reforma será apresentado na Comissão Especial na quinta-feira (13). Com o pedido de vistas regimental, a expectativa é de que as discussões sobre o texto do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) comecem na quarta-feira da próxima semana (19), apesar de ser véspera de feriado.

"A velocidade da discussão dependerá da existência de obstrução e do próprio acordo entre os parlamentares em torno do texto. Acredito que a votação do relatório na Comissão ocorra na primeira semana de julho", acrescentou.

A divulgação das supostas mensagens trocadas entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol ,nas quais discutem detalhes da Operação Lava Jato, causou desgaste político ao ex-juiz e atual ministro da Justiça.

Moro se tornou alvo da oposição, que tenta reunir apoio para instaurar uma CPI no Congresso para investigar o caso. Representantes da área militar do Planalto saíram em defesa do ministro, mas o presidente Jair Bolsonaro não fez nesta segunda-feira (10) nenhuma manifestação pública sobre o caso.

O Secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, disse que Bolsonaro manifestou confiança em seu ministro. Segundo ele, o presidente disse várias vezes: “Nós confiamos irrestritamente no ministro Moro”.

A intenção de Bolsonaro é conversar nesta terça-feira (11) com Moro, informou o porta-voz da Presidência a jornalistas, Otávio Rêgo Barros. Segundo ele, Bolsonaro se colocará “à disposição” para “compartir” com Moro os fatos referentes ao vazamento.

“O presidente da República não se pronunciará a respeito do conteúdo de mensagem e aguardará o retorno do ministro Moro para conversar pessoalmente, em princípio, amanhã”, disse Rêgo Barros.

Encontro de governadores

Às vésperas da entrega do tão esperado relatório da comissão especial da Previdência , que deve ser feita na próxima quinta-feira pelo relator da reforma, Samuel Moreira (PSDB-SP), 27 governadores dos estados da federação e do distrito federal se reúnem em um fórum para debater o tema em Brasília nesta terça-feira.

Ao mesmo tempo em que todos os governadores querem incluir os estados na reforma, muitos discordam sobre o texto que deve ser aprovado, o que pode colocar em xeque a validade da proposta enviada pelo governo para os estados e municípios. Segundo o G1, apenas Amapá, Rondônia e Tocantins fecharam os primeiros quatro meses do ano com as contas de aposentadorias no azul. Os demais estados tiveram déficit de 20,7 bilhões de reais, um aumento de 15% em relação ao início de 2018.

Caso o fórum desta terça-feira não firme um acordo para manter os servidores estaduais e municipais na reforma, conforme o texto enviado pela equipe econômica, cada estado e município teria que apresentar seu próprio sistema previdenciário.

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