Economia

Presentes para Dia das Mães sobem 4,76%, segundo FGV

Em relação aos itens procurados para presentear, a pesquisa mostra que as maiores altas ocorreram nos perfumes, ventiladores e liquidificadores

Presentes: 44% dos comerciantes pretendem atrair os consumidores por meio da concessão de descontos, e 56% vão fazer algum tipo de promoção (Milkos/Thinkstock)

Presentes: 44% dos comerciantes pretendem atrair os consumidores por meio da concessão de descontos, e 56% vão fazer algum tipo de promoção (Milkos/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de maio de 2017 às 17h42.

Os presentes e serviços ligados ao Dia das Mães, comemorado no próximo domino (14), subiram, em média, 4,76% este ano, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

O aumento em relação ao ano passado supera a inflação acumulada em 12 meses, que atingiu 4,17%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV.

De acordo com a pesquisa, os serviços subiram bem mais do que os bens duráveis.

Itens como computador, celular, aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos não tiveram aumento acima da inflação média.

"Em termos reais, eles não subiram de preço. Alguns até tiveram taxa negativa", disse o coordenador do IPC do Ibre, André Braz.

No entanto, segundo Braz, os bens duráveis, embora não tenham apresentado aumento de preço, têm valor final maior.

"Aquele filho que prefere presentear a mãe com um computador novo ou um celular, por exemplo, vai gastar mais do que aquele que prefere presentear levando para jantar, muito embora esse serviço, em comparação com o ano passado, tenha subido muito mais", comparou o economista.

De acordo com o Ibre, a inflação do segmento de serviços acumulada em 12 meses alcançou 6,41%, enquanto a de presentes subiu 2,4%.

Os serviços que mais contribuíram para a alta de preços foram teatro (36,66%), show musical (9,79%) e cinema (6,91%).

Em relação aos itens procurados para presentear, a pesquisa mostra que as maiores altas ocorreram nos perfumes (7,92%), ventiladores (7,45%) e liquidificadores (7,28%).

Em contrapartida, caíram de preços celulares (-4,05%), roupas (-1,27%) e máquinas fotográficas (-0,12%).

Movimento no comércio

Sondagem nacional feita pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e Instituto Ipsos de 1º a 12 de abril com 1,2 mil entrevistados nas oito principais capitais do país e mais 64 cidades mostra que 72,9 milhões de brasileiros pretendem comprar presentes para as mães.

De acordo com o levantamento, a data movimentará R$ 10 bilhões no comércio, com gasto médio de R$ 136,51 por consumidor.

Roupas são os itens preferidos por 30% dos entrevistados. Em seguida, aparecem os perfumes e cosméticos (20%), calçados, bolsas e acessórios (11%) e flores (7%).

O Dia das Mães é considerado a segunda melhor data para o comércio, depois do Natal. A maioria dos brasileiros que vai presentear (76%) afirmou que pretende pagar as compras à vista. Já 18% pretendem parcelar.

A pesquisa Fecomércio-RJ/Ipsos revela também que os homens são maioria entre os que pretendem presentear na data (53%).

A maioria dos consumidores (59%) pertence à classe C, 26% às classes A e B e 15% às classes D e E.

Expectativas

Em parceria com a Fundação Getulio Vargas Projetos (FGV Projetos), a Fecomércio-RJ também ouviu empresários do comércio do estado do Rio de Janeiro no período de 4 a 17 de abril de 2017 sobre expectativas para o Dia das Mães.

As expectativas para a data entre os estabelecimentos fluminenses são otimistas: 53% dos consultados esperam elevar o faturamento em relação ao ano passado e 14% esperam retração.

O aumento médio estimado na receita do comércio fluminense na data, este ano, é de 9,5%.

Quarenta e quatro por cento dos comerciantes pretendem atrair os consumidores por meio da concessão de descontos, e 56% vão fazer algum tipo de promoção.

No município do Rio de Janeiro, a pesquisa do Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas (CDLRio) indica que 71% dos 500 lojistas consultados estimam vender 1% a mais no Dia das Mães deste ano, em comparação com a mesma data de 2016.

Para o presidente do CDL Rio, Aldo Gonçalves, o crescimento previsto de apenas 1% é reflexo do fraco movimento do setor nos últimos quatro meses e do atual cenário econômico de desemprego elevado. "É um otimismo moderado", disse.

O preço médio dos presentes por pessoa na capital do estado é estimado em torno de R$ 100, segundo a pesquisa.

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