Economia

Premiê garante que China manterá crescimento médio-alto

Li Keqiang reconheceu necessidade de a China fazer algumas reformas estruturais durante seu discurso na inauguração oficial do Fórum Econômico Mundial de Davos

Li Keqiang: "O arrefecimento da China é parte do ajuste da economia mundial" (Ruben Sprich/Reuters)

Li Keqiang: "O arrefecimento da China é parte do ajuste da economia mundial" (Ruben Sprich/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 16h56.

Davos (Suíça) - O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, garantiu nesta quarta-feira em Davos que a China manterá sua estratégia de alcançar um crescimento econômico médio-alto em longo prazo e que o país não sofrerá uma desaceleração abrupta.

Li reconheceu a necessidade de a China fazer algumas reformas estruturais durante seu discurso na inauguração oficial do Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça).

O primeiro-ministro chinês considerou que a internacionalização do renminbi - iuane - "é o resultado natural do desenvolvimento dos mercados internacionais e da abertura da China".

Ele reiterou o compromisso da China de abertura ao mundo exterior não só no setor manufatureiro, mas também no de serviços.

A China cresceu 7,4% em 2014 e criou 13 milhões de novos empregos nas cidades, um número superior ao de 2013.

No entanto, "o crescimento da China enfrenta pressões sustentáveis para baixo".

O primeiro-ministro chinês insistiu que a China não quer concorrer em supremacia com outros países e reiterou seu compromisso com o desenvolvimento pacífico e a estabilidade.

Li acalmou a preocupação externa que existe pela desaceleração da China e o impacto da transformação da economia chinesa, que entrou em uma nova velocidade de crescimento, segundo ele média-alta.

"O arrefecimento da China é parte do ajuste da economia mundial", segundo Li.

O primeiro-ministro estava satisfeito de poder retornar a Davos após cinco anos, e comentou que tinha passeado pela conhecida montanha da cidade, que Thomas Mann imortalizou no romance "A montanha mágica" (1924).

"A cidade de Davos estava bela, tranquila e pacífica do alto da montanha, mas o mundo fora não é assim", filosofou o premiê chinês.

"Precisamos de uma nova penicilina para tratar os novos desafios do cenário internacional", considerou o primeiro-ministro chinês em uma metáfora sobre o argumento do romance, em que Mann relata a vida em um sanatório para doentes de tuberculose, e a importante transformação que a invenção desse antibiótico significou para eles.

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