Preços ao produtor ficam estáveis na China em julho
Índice de preços no produtor (PPI) subiu 5,5 por cento no mês passado em relação ao ano anterior, sem alteração em relação a junho
Reuters
Publicado em 9 de agosto de 2017 às 08h58.
A inflação de preços ao produtor da China manteve-se estável em julho, em um sinal positivo para a produção industrial e para os resultados das empresas no terceiro trimestre, mesmo que uma ação dirigida pelo governo para reduzir o endividamento possa arrefecer os ganhos e o crescimento econômico até o fim do ano.
A economia chinesa expandiu-se de forma sólida neste ano à medida que os preços das commodities se recuperaram, ajudando a impulsionar o setor industrial, enquanto os leves ganhos nos preços ao consumidor deixaram uma margem de manobra para os formuladores de política econômica no caso de crescimento fraco.
O índice de preços no produtor (PPI) subiu 5,5 por cento no mês passado em relação ao ano anterior, sem alteração em relação a junho, informou o Escritório Nacional de Estatística nesta quarta-feira. Analistas ouvidos pela Reuters esperavam que os preços ao produtor se mantivessem firmes pelo terceiro mês consecutivo, em 5,5 por cento.
"Esperamos que o PPI permaneça forte nos próximos meses, à medida que a redução de capacidade prosseguir", disse o economista de mercados da ANZ David Qu em uma nota aos clientes.
"O forte PPI indica um crescimento decente nos resultados corporativos, especialmente para as empresas públicas, deixando o espaço das autoridades para uma desalavancagem", disse.
Crédito mais apertado
O índice de preços ao consumidor da China desacelerou ligeiramente para 1,4 por cento em julho em relação ao ano anterior, abaixo das expectativas do mercado, pressionado por uma queda anual de 1,1 por cento nos preços dos alimentos.
Os analistas esperavam que a inflação ao consumidor permanecesse inalterada em 1,5 por cento pelo terceiro mês consecutivo.
"O nível atual de inflação do consumidor é tão leve que o Banco do Povo ficará confortável em retomar o processo de desalavancagem no setor financeiro", escreveu Iris Pang, economista da ING em uma nota sobre os dados.