Economia

Preço do milho para exportação sobe com dúvida sobre oferta

Fechamento de contratos de exportação no Brasil para agosto e setembro está intenso desde janeiro


	Milho: de janeiro até o início de abril, os valores dos contratos a termo para embarque em agosto subiram 13,1 por cento
 (Getty Images)

Milho: de janeiro até o início de abril, os valores dos contratos a termo para embarque em agosto subiram 13,1 por cento (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 14h02.

São Paulo - O fechamento de contratos de exportação de milho do Brasil para agosto e setembro está intenso desde janeiro, com valores subindo mensalmente, disse nesta sexta-feira o Cepea, apontando um dos fatores que deve colaborar para um menor excedente do produto no segundo semestre --quando o país colhe a "safrinha".

De janeiro até o início de abril, os valores dos contratos a termo para embarque em agosto subiram 13,1 por cento. Para embarque em setembro, a alta foi de 12,2 por cento, segundo o centro de pesquisas vinculado à Universidade de São Paulo.

Enquanto os contratos para entrega em setembro estão sendo negociados a 29,83 reais por saca nos portos, para um momento de grande oferta de milho segunda safra, o milho à vista está abaixo deste patamar. A média desta semana, em Paranaguá (PR) ficou em 29,20 reais por saca.

"Pode ser reflexo da expectativa de agentes quanto ao volume de oferta na segunda safra, que pode resultar em excedente menor que o sinalizado até então", disse o Cepea, em análise semanal.

Consultorias e o próprio Ministério da Agricultura apontam uma safra menor de milho este ano, com redução de área no plantio de verão e de inverno, com investimentos mais baixos em tecnologia reduzindo os potenciais de produtividade.

Outro fator que pode acrescentar um viés de baixa na segunda safra de milho, ainda indefinida, é o clima: o plantio de uma área expressiva de Mato Grosso foi feito fora da janela climática ideal, lembrou o Cepea.

A produção de milho em Mato Grosso, o maior produtor do cereal do Brasil, deverá cair 32,4 por cento na temporada 2013/14 na comparação com a anterior, por conta de chuvas intensas que atingiram o Estado no período do plantio, previu no início da semana o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

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