Economia

Preço de remédios em SP varia até quase 1.000%

Pesquisa do Procon foi realizada em 15 drogarias distribuídas em regiões de São Paulo, sendo pesquisados os valores de 68 medicamentos


	Procon alerta que valores estão dentro do estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos
 (Arquivo/Agência Brasil)

Procon alerta que valores estão dentro do estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2015 às 17h08.

São Paulo - Pesquisa feita pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) mostra que o preço dos remédios variam até 976% na capital paulista. A maior diferença foi verificada no genérico paracetamol, 200 miligrama por mililitro (mg/ml). O custo variou de R$ 0,90 a R$ 9,69.

Em média, o custo do medicamento é de R$ 3,83. O levantamento foi feito em 15 drogarias distribuídas em cinco regiões de São Paulo. Foram pesquisados os valores de 68 medicamentos, sendo 34 de marca e 34 genéricos.

Entre os medicamentos de marca, a amoxicilina, com nome comercial Amoxil, apresentou a maior variação: 296,06%. Em um estabelecimento, a caixa do medicamento de 500 mg, com 21 cápsulas, da fabricante Glaxosmithkline custou R$ 15,48.

Em outros, o remédio foi encontrado por R$ 61,31. O preço médio do medicamento é R$ 45,49. A segunda maior diferença (186%) de preços entre os remédios de marca foi o Dexason (acetato de dexametasona). Os valores variaram entre R$ 4 e R$ 11,44.

A supervisora da equipe de pesquisa do Procon-SP, Mônica Leotta, explica que embora as diferenças impressionem os valores estão dentro do estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, que reajusta os preços anualmente.

Ela destaca que essa diferença pode ser explicada pela política de descontos das farmácias. “O governo estabelece preço máximo de venda e as farmácias estão livres para dar os descontos que quiserem”, esclareceu.

Mônica acredita que a concorrência pode resultar em vantagens aos consumidores. Para aproveitá-las, a saída é pesquisar. “Existe uma lista em revistas especializadas que estão disponíveis nas farmácias e o consumidor tem acesso. Ele pode saber o preço máximo de qualquer medicamento, tanto de referência quanto de genérico”, destacou.

Ela acredita que a medida é interessante, sobretudo, nos casos em que há urgência para aquisição de um remédio. A lista pode ser acessada também no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em relação aos genéricos, a pesquisa não fez diferenciação por laboratório. “Buscamos o produto mais barato”, explicou a supervisora. Mesma a menor diferença chega a 143,43%. É o caso do cloridrato de clomipramina, de nome comercial Plasil, na versão 10 mg, com caixa de 20 comprimidos.

No estabelecimento mais caro, a fórmula foi encontrada por R$ 4,82. O preço mais em conta custou R$ 1,98. “Algumas farmácias conseguem um desconto muito grande na aquisição do genérico. São muitos fabricantes”, explicou.

Ao comparar o preço dos genéricos com os de referência, a pesquisa constatou que os medicamentos sem marca custam, em média, 57,72% mais barato. O Procon-SP alerta que em algumas drogarias de rede há políticas comerciais diferentes para cada canal de venda (loja física, telefone e site).

Destaca ainda que algumas redes de drogarias são regidas pelo sistema de franquia, não havendo uma política única de preços entre as lojas. Entre as dicas da fundação, está a pesquisa, inclusive, entre estabelecimentos da mesma rede.

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