Economia

Preço de alimentos já sobe mais que o dobro da inflação este ano

Em janeiro e fevereiro, custo da comida em casa subiu 2,95%, contra 1,25% do IPCA. El Niño afetou colheita. Feijão, arroz, batata e cenoura já têm alta superior a 10% em 2024

Alimentos: em fevereiro, a alta de preços foi puxada por cebola, batata-inglesa e frutas (Getty Images/Getty Images)

Alimentos: em fevereiro, a alta de preços foi puxada por cebola, batata-inglesa e frutas (Getty Images/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 14 de março de 2024 às 14h50.

Os preços dos alimentos consumidos nos domicílios das famílias brasileiras vêm subindo acima da inflação desde outubro do ano passado. E, só este ano, em janeiro e fevereiro, a alta chega a 2,95% - ou seja, mais que o dobro do 1,25% do IPCA, índice oficial de inflação deste ano.

Não por acaso o tema entrou no radar do presidente Lula, que realizou uma reunião ministerial para discutir os preços dos alimentos nesta quinta-feira.

Em fevereiro, a alta de preços foi puxada por cebola, batata-inglesa, frutas, arroz e leite longa vida. No ano, o preço da batata-inglesa já subiu 38,24 e da cenoura, 56,99%.

Ao divulgar os dados da inflação de fevereiro, André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, explica que os preços dos alimentos, principalmente in natura, tem sido impactados pelo clima desde o fim do ano passado. Já há uma desaceleração das altas, mas ainda assim os alimentos têm ficado mais caros:

— No final do ano passado e início desse ano, tivemos um efeito mais intenso por conta do El Niño. Tivemos muitas ondas de calor, um volume de chuvas muito acima do tradicional.

A alta nos alimentos atingiu alguns itens com forte presença na mesa dos brasileiros. Veja alguns exemplos de preços que subiram mais de 10% este ano:

  • Cenoura: 56,99%
  • Batata-inglesa: 38,24%
  • Banana prata: 17,45%
  • Feijão carioca: 15,27%
  • Feijão preto: 11,95%
  • Arroz: 10,32%
Acompanhe tudo sobre:AlimentosIndústrias de alimentosInflaçãoPreçosIBGE

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto