Economia

Preço da cesta básica cai em 11 capitais, segundo Dieese

Das 18 capitais pesquisadas pelo Dieese, as maiores quedas ocorreram em Belém, Manaus, Natal e no Recife


	São Paulo continua com a cesta mais cara, no valor de R$ 395,83
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

São Paulo continua com a cesta mais cara, no valor de R$ 395,83 (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2015 às 15h35.

São Paulo - O preço da cesta básica caiu em 11 das 18 capitais pesquisadas em julho pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores quedas ocorreram em Belém (-4,76%), Manaus (-3,27%), Natal (-3,03%) e no Recife (-2,87%).

Nos últimos 12 meses, todas as cidades registram alta no valor do conjunto de alimentos básicos – com destaque para Aracaju, Campo Grande e Brasília –, assim como no acumulado dos sete primeiros meses de 2015, com altas variando entre 6,28%, em Manaus, e 18,70%, em Fortaleza e Salvador.

São Paulo continua com a cesta mais cara, no valor de R$ 395,83. Em seguida, estão Porto Alegre (R$ 383,22), Florianópolis (R$ 376,69) e o Rio de Janeiro (R$ 372,24).

Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 285,44), Natal (R$ 293,58) e João Pessoa (R$ 306,53).

Os itens pão francês, açúcar, leite e carne bovina tiveram predominância de alta. Em contrapartida, os preços do óleo de soja e do tomate recuaram na maioria das capitais.

O pão francês, por exemplo, continuou em alta no último mês em 16 cidades, com percentuais que variam entre 0,09%, no Rio de Janeiro, e 4,24%, em Belo Horizonte.

Houve diminuição apenas em Aracaju (-1,96%) e Goiânia (-0,11%). A alta resulta, segundo o Dieese, das chuvas na Região Sul que destruíram parte da lavoura de trigo, diminuindo a oferta do produto nacionalmente.

Por outro lado, o trigo importado ficou mais caro por causa da elevação do dólar.

O óleo de soja, por outro lado, teve o preço reduzido em 17 cidades. Apenas Aracaju apresentou alta, de 5,21%. As quedas variaram entre 3,15%, em Campo Grande, e 0,28%, em João Pessoa.

Em 12 meses, o valor do óleo caiu em 13 cidades. O custo do tomate também diminui. Doze cidades apresentaram retração, com destaque para Natal (-21,49%), o Recife (-20,88%), João Pessoa (-18,60%) e Belém (-16,49%).

Segundo a Constituição, o salário mínimo deve suprir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência. Para o Dieese, em julho, o mínimo ideal deveria ser R$ 3.325,37.

O valor equivale a 4,22 vezes o mínimo atual, de R$ 788. Esse cálculo é feito considerando o valor da cesta mais cara (São Paulo) para uma família de quatro pessoas.

Em junho, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.299,66, o que equivalia a 4,19 vezes o piso vigente.

Em julho do ano passado, o valor necessário para cobrir as despesas de uma família era R$ 2.915,07 ou 4,03 vezes o salário mínimo da época (R$ 724).

Acompanhe tudo sobre:Alimentaçãocesta-basicacidades-brasileiraseconomia-brasileiraPreçosTrigo

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação