Exame Logo

Preço da arroba bovina sobe mais de 10% no ano

Arroba atingiu R$126,28 na quarta-feira, o maior valor em termos nominais da série histórica do Cepea iniciada em 1997

Boi: preços da arroba bovina tem registrado recordes nominais por conta da oferta restrita de animais para abate (SXC.Hu)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 11h58.

São Paulo - O preço da arroba bovina no Estado de São Paulo , uma das referências para o mercado brasileiro, acumula alta de 10,03 por cento no ano até 19 de março, destacou nesta quinta-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em nota.

A arroba atingiu 126,28 reais na quarta-feira, o maior valor em termos nominais (sem considerar a inflação) da série histórica do Cepea iniciada em 1997.

A alta do preço no acumulado do ano é uma das mais fortes para o período da série histórica do Cepea, iniciada em 1997, atrás somente da registrada em 1999, quando o indicador Esalq/BM&FBovespa subiu 11,3 por cento.

Os preços da arroba bovina tem registrado recordes nominais por conta da oferta restrita de animais para abate, resultado dos problemas para a recuperação das pastagens em função da forte seca atípica em alguns Estados do centro-sul no início do ano, o que atrasou a chegada do chamado boi da safra.

Em termos reais (considerando a inflação), a média parcial do indicador do boi de março, de 123,14 reais a arroba, é a mais alta desde dezembro de 2010, quando foi de 124,33 reais, disse o Cepea.

O aumento do boi no acumulado do ano corresponde a praticamente metade da variação ao longo de todo o ano passado, de 18,7 por cento, segundo dados do instituto.

O Cepea notou ainda que os ganhos registrados neste ano são atípicos, já que em 10 anos, dos 17 anos da série histórica do Cepea, os preços acumularam baixas nos três primeiros meses do ano.


Os preços do bezerro e da carne também têm subido no mercado brasileiro, atingindo novos patamares recordes nominais, acrescentou o centro de pesquisas.

Para o bezerro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (animal nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) acumula forte alta de 11,51 por cento na parcial deste ano, fechando a 979,05 reais na quarta-feira. Esse é o maior patamar nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2000.

Em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de fevereiro/14), a média da parcial de março, de 922,76 reais, é a maior desde junho de 2010, quando o preço real foi de 925,25 reais.

No mercado atacadista de carne com osso, a carcaça bovina negociada na Grande São Paulo se valorizou 6,05 por cento neste ano, cotada a 8,24 reais/kg na quarta-feira --o maior patamar nominal de toda a série histórica do Cepea para este produto (iniciada em 2001) foi observado na terça-feira, de 8,32 reais/kg.

Em termos reais, a média de março, de 8,13 reais/kg, é a maior desde novembro de 2010, que foi de R$ 8,57/kg.

A alta do preço da arroba bovina, no entanto, deverá perder força nos próximos meses, com a entrada do boi da safra, disseram representantes do setor.

Mas a previsão é também de um novo impulso na cotação no final do ano, diante da forte demanda, em meio à expectativa de exportações recordes do país, e de uma oferta mais restrita.

Veja também

São Paulo - O preço da arroba bovina no Estado de São Paulo , uma das referências para o mercado brasileiro, acumula alta de 10,03 por cento no ano até 19 de março, destacou nesta quinta-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em nota.

A arroba atingiu 126,28 reais na quarta-feira, o maior valor em termos nominais (sem considerar a inflação) da série histórica do Cepea iniciada em 1997.

A alta do preço no acumulado do ano é uma das mais fortes para o período da série histórica do Cepea, iniciada em 1997, atrás somente da registrada em 1999, quando o indicador Esalq/BM&FBovespa subiu 11,3 por cento.

Os preços da arroba bovina tem registrado recordes nominais por conta da oferta restrita de animais para abate, resultado dos problemas para a recuperação das pastagens em função da forte seca atípica em alguns Estados do centro-sul no início do ano, o que atrasou a chegada do chamado boi da safra.

Em termos reais (considerando a inflação), a média parcial do indicador do boi de março, de 123,14 reais a arroba, é a mais alta desde dezembro de 2010, quando foi de 124,33 reais, disse o Cepea.

O aumento do boi no acumulado do ano corresponde a praticamente metade da variação ao longo de todo o ano passado, de 18,7 por cento, segundo dados do instituto.

O Cepea notou ainda que os ganhos registrados neste ano são atípicos, já que em 10 anos, dos 17 anos da série histórica do Cepea, os preços acumularam baixas nos três primeiros meses do ano.


Os preços do bezerro e da carne também têm subido no mercado brasileiro, atingindo novos patamares recordes nominais, acrescentou o centro de pesquisas.

Para o bezerro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (animal nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) acumula forte alta de 11,51 por cento na parcial deste ano, fechando a 979,05 reais na quarta-feira. Esse é o maior patamar nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2000.

Em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de fevereiro/14), a média da parcial de março, de 922,76 reais, é a maior desde junho de 2010, quando o preço real foi de 925,25 reais.

No mercado atacadista de carne com osso, a carcaça bovina negociada na Grande São Paulo se valorizou 6,05 por cento neste ano, cotada a 8,24 reais/kg na quarta-feira --o maior patamar nominal de toda a série histórica do Cepea para este produto (iniciada em 2001) foi observado na terça-feira, de 8,32 reais/kg.

Em termos reais, a média de março, de 8,13 reais/kg, é a maior desde novembro de 2010, que foi de R$ 8,57/kg.

A alta do preço da arroba bovina, no entanto, deverá perder força nos próximos meses, com a entrada do boi da safra, disseram representantes do setor.

Mas a previsão é também de um novo impulso na cotação no final do ano, diante da forte demanda, em meio à expectativa de exportações recordes do país, e de uma oferta mais restrita.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraIndústriaPreços

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame