Economia

Portugal deve reduzir despesa e cumprir ajuste, diz premiê

Pedro Passos Coelho disse que "objetivo nacional de encerrarmos o programa de assistência em junho de 2014 deve ser visto em um contexto mais amplo"


	Pedro Passos Coelho: "este é o momento da verdade. Este é o momento de sermos consequentes com as nossas escolhas e coerentes com os nossos compromissos"
 (REUTERS/Hugo Correia)

Pedro Passos Coelho: "este é o momento da verdade. Este é o momento de sermos consequentes com as nossas escolhas e coerentes com os nossos compromissos" (REUTERS/Hugo Correia)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 08h51.

Lisboa - Portugal está num momento crucial do seu ajuste, devendo reduzir a despesa de forma permanente e cumprir as duras metas orçamentárias impostas pela "troika", disse o primeiro ministro, Pedro Passos Coelho.

"Volto a sublinhar este ponto da máxima importância: este é o momento da verdade. Este é o momento de sermos consequentes com as nossas escolhas e coerentes com os nossos compromissos", afirmou Coelho, em congresso dos Economistas.

"Na reta final do programa de assistência, em que já temos que preparar nosso futuro no pós-troika, precisamos ir mais longe na redução permanente da despesa pública", disse.

"Um dos benefícios que estamos proporcionando é tornar a sociedade portuguesa mais resistente aos processos de ajuste. Por outro lado, compreendemos que seja mais difícil de cumprir essa expectativa junto ao mercado e isso é crítico", acrescentou.

Coelho ressaltou que "o objetivo nacional de encerrarmos o programa de assistência em junho de 2014 deve ser visto em um contexto mais amplo que consiste, no fundo, na renovação da nossa economia".

Dívida comum

"Temos que admitir que algum tipo de dívida comum à nível europeu tome forma no futuro", disse Coelho.

Ele explicou que "alguns cenários serão mais plausíveis do que outros (...) mas, seja como for, qualquer um dos tipos de dívida comum trará consigo novas obrigações e condições".

"Nenhum deles estará acessível sem disciplina, nem coordenação", adiantou, frisando que "haverá uma centralização automática do poder político e decisório nas instituições europeias em detrimento dos órgãos representativos nacionais".

"Certamente não usufruiremos de mais autonomia para fazer nossas próprias escolhas nacionais", concluiu o primeiro ministro.

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