Economia

Mercado prevê recessão de 3,31% do PIB este ano

Se for confirmada essa previsão, será a primeira vez em que o Brasil terá dois anos seguidos de queda desde a década de 1930

Real: no mês passado, calculava-se uma queda de 3,15% (Dado Galdieri/Bloomberg)

Real: no mês passado, calculava-se uma queda de 3,15% (Dado Galdieri/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 12h28.

Última atualização em 7 de novembro de 2016 às 12h29.

Rio de Janeiro - A economia do Brasil sofrerá este ano uma contração de 3,31% do Produto Interno Bruto (PIB), menor que a do último ano, que foi de 3,8%, quando o país teve seu pior desempenho nos últimos 25 anos, segundo o relatório do Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC).

Além de indicar que o país ainda não está se recuperando da grave recessão em que caiu no ano passado, os analistas pioraram sua projeção para o desempenho do PIB este ano, já que, de acordo com o boletim da semana passada, esperavam uma retração de 3,3% em 2016 e, no mês passado, calculavam uma queda de 3,15%.

Se for confirmada essa previsão, será a primeira vez em que o Brasil terá dois anos seguidos de queda desde a década de 1930.

Os economistas, no entanto, preveem que o Brasil se recuperará no próximo ano, para o qual esperam um crescimento de 1,2%, abaixo da expansão de 1,21% projetada na semana passada e da de 1,3% que foi estimada há um mês.

Quanto à inflação, o Boletim Focus, uma publicação semanal do BC que inclui uma pesquisa com especialistas de entidades financeiras sobre o rumo da economia do país, prevê que o Brasil terminará este ano com uma variação do índice de preços de 6,88%, a mesma projeção da semana passada e inferior a de 7,04% prevista no mês passado.

Apesar dos analistas esperarem para este ano um aumento nos preços inferior ao de 2015, quando o país registrou uma inflação de 10,67%, a maior em 13 anos, o índice seguirá acima da meta estabelecida pelo governo.

O Banco Central estipulou para este ano uma meta para a inflação de 4,5%, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, o que estabelece o limite máximo em 6,5%.

Quanto a 2017, os especialistas esperam uma inflação de 4,94%, abaixo dos 5% projetados há uma semana e dos 5,06% previstos há um mês. EFE

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