Economia

PIB da China despenca 6,8% no 1º trimestre devido ao coronavírus

Resultado veio melhor do que a mediana das projeções coletadas pelo Wall Street Journal junto a economistas, de contração de 8,3%

Trabalhadores de máscaras em fábrica: primeiros meses do ano foram os mais do duros da quarentena (China Daily/Reuters)

Trabalhadores de máscaras em fábrica: primeiros meses do ano foram os mais do duros da quarentena (China Daily/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2020 às 06h30.

Última atualização em 17 de abril de 2020 às 06h35.

A economia da China se contraiu pela primeira vez desde pelo menos 1992 no primeiro trimestre, quando a pandemia do coronavírus fechou fábricas e manteve milhões confinados em seus lares.

O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 6,8% no primeiro trimestre em relação a igual período de 2019, comparado com um crescimento de 6,0% no quarto trimestre de 2019, informou nesta sexta-feira (pelo horário local) o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) chinês.

O resultado veio melhor do que a mediana das projeções coletadas pelo Wall Street Journal junto a economistas, de contração de 8,3%.

Foi a primeira vez que a economia teve uma contração em um primeiro trimestre desde 1992, que foi quando o governo começou a divulgar números trimestrais.

Na margem, em relação ao trimestre anterior, a economia ficou 9,8% menor no período entre janeiro e março de 2020.

A produção industrial chinesa caiu 1,1% em março em comparação com igual período no ano passado, após um declínio de 13,5% no período englobando janeiro e fevereiro, informou nesta sexta-feira (pelo horário local) o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). Economistas consultados pelo Wall Street Journal previam uma queda de 7,5%.

O investimento em ativos fixos no primeiro trimestre recuou 16,1%, comparado com uma perda de 24,5% no período que abrange janeiro e fevereiro e em linha com as projeções.

Contando apenas o mês de março, as vendas no varejo sofreram uma queda de 15,8% ma comparação anual, após uma baixa de 20,5% nos primeiros dois meses do ano. O resultado ficou aquém da previsão que era de recuo de 8,0% em março.

O NBS também informou que a taxa de desemprego urbana ficou em 5 9% no fim de março, melhorando da taxa de 6,2% de fevereiro

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