PIB avançou 2,4% em julho ante junho, diz FGV
Após o pior momento econômico em abril, é possível enxergar considerável melhora em todas as atividades econômicas em julho
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de setembro de 2020 às 11h09.
Última atualização em 16 de setembro de 2020 às 11h09.
O Produto Interno Bruto ( PIB ) brasileiro avançou 2,4% em julho ante junho, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com julho de 2019, a economia teve redução de 6,1% em julho de 2020.
"A economia segue em trajetória de crescimento no mês de julho. Após ter em abril o seu pior momento econômico, reflexo da pandemia de Covid-19, é possível enxergar considerável melhora em todas as atividades econômicas. Apesar dessa melhora, o país segue com cenário de alta incerteza e com o nível de atividade em patamar ainda muito baixo e se recuperando muito lentamente", avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Na comparação com julho de 2019, houve queda no PIB da indústria e de serviços, sob a ótica da oferta. Pela ótica da demanda, o único componente sem retração foi a exportação.
O consumo das famílias encolheu 6,6% em julho de 2020 ante julho de 2019. O consumo de produtos semiduráveis despencou 24,3%, enquanto o de bens duráveis teve retração de 2,6%, e o consumo de serviços caiu 11,4%. Por outro lado, o consumo de bens não duráveis subiu 3,5%.
Ainda sob a ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve retração de 2,0% em julho deste ano ante julho do ano anterior. Houve perda de 8,1% no componente máquinas e equipamentos, mas avanços na construção (2,7%) e outros ativos fixos (1,5%).
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 4,068 trilhões de janeiro a julho, em valores correntes. A taxa de investimento em julho de 2020 foi de 17,1% na série a valores correntes.