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PIB americano cresce 1,7% no trimestre

Departamento de comércio revisou novamente para baixo o crescimento do PIB do primeiro trimestre, que ficou em 1,1% ao invés de 1,8%, na terceira estimativa

No segundo trimestre, o PIB refletiu uma desaceleração dos gastos dos consumidores, que supõem dois terços da atividade econômica nos Estados Unidos (Robert Galbraith/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 18h28.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos aumentou 1,7% em termos anuais no segundo trimestre de 2013, de acordo com a primeira estimativa do Departamento de Comércio, publicada nesta quarta-feira, que supera a previsão dos analistas, de 1,1%.

O departamento revisou novamente para baixo o crescimento do PIB do primeiro trimestre, que ficou em 1,1% ao invés de 1,8%, na terceira estimativa.

No relatório, as autoridades norte-americanas revisaram os dados do PIB a partir de 1929, um exercício que é realizado aproximadamente a cada cinco anos.

No segundo trimestre, o PIB refletiu uma desaceleração dos gastos dos consumidores, que supõem dois terços da atividade econômica nos Estados Unidos.

O índice de preços associados aos gastos de consumo das famílias(PCE), uma cifra que observada pelo Fed para avaliar o comportamento da inflação, subiu 0,3% no segundo trimestre, após registrar alta de 1,2% no trimestre anterior.

Os dados foram melhores que o esperado, em um dia em que foi encerrada a reunião de política monetária do Fed.

"Em vez de desacelerar no segundo trimestre como se esperava, os novos dados do PIB e as cifras revisadas mostram uma aceleração do crescimento", disse o analista Scott Hoyt de Moody's Analytics, que reconheceu que a tendência se deve também à correção para baixo dos dados do trimestre anterior.


O Comitê de Política Monetária do Federal Reserve norte-americano (FOMC) manteve sua política de taxas baixas e compra de títulos do Tesouro, em uma economia que cresce a um ritmo que considerou "modesto", segundo o comunicado final de sua reunião de dois dias.

Para Jim O'Sullivan, diretor especializado em Estados Unidos da High Frequency Economics, o relatório do PIB está de acordo com as expectativas de sua empresa, que projeta que o crescimento se acelerará no terceiro e quarto trimestres pela menor incidência dos cortes do gasto público.

O presidente do Fed, Ben Bernanke alertou que a partir do momento em que a taxa de desemprego caia a um nível próximo a 7% em um contexto de estabilidade dos preços (com um objetivo de inflação de 2%), o banco começaria a reduzir de forma gradual suas compras de ativos.

"O mais importante dos dados de hoje é que nos dizem que a economia norte-americana continua crescendo muito mais devagar (que o necessário) para impulsionar significativamente as perspectivas do emprego, está longe de ter se recuperado da grande recessão e o problema de base continua sendo a fragilidade da demanda, que foi exacerbada pela política de austeridade (corte do gasto público determinado pelo Congreso)", afirmou Josh Bivens, do Economic Policy Institute.

Neste sentido, o Fed estará atento ao tom dos dados mensais do emprego que serão divulgados na sexta-feira pelo Departamento de Trabalho.

Os analistas projetam que a taxa de desemprego caia a 7,5% frente a 7,6% de junho, com uma criação líquida de 175.000 postos, abaixo do nível de 195.000 registrados no relatório do mês anterior.

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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos aumentou 1,7% em termos anuais no segundo trimestre de 2013, de acordo com a primeira estimativa do Departamento de Comércio, publicada nesta quarta-feira, que supera a previsão dos analistas, de 1,1%.

O departamento revisou novamente para baixo o crescimento do PIB do primeiro trimestre, que ficou em 1,1% ao invés de 1,8%, na terceira estimativa.

No relatório, as autoridades norte-americanas revisaram os dados do PIB a partir de 1929, um exercício que é realizado aproximadamente a cada cinco anos.

No segundo trimestre, o PIB refletiu uma desaceleração dos gastos dos consumidores, que supõem dois terços da atividade econômica nos Estados Unidos.

O índice de preços associados aos gastos de consumo das famílias(PCE), uma cifra que observada pelo Fed para avaliar o comportamento da inflação, subiu 0,3% no segundo trimestre, após registrar alta de 1,2% no trimestre anterior.

Os dados foram melhores que o esperado, em um dia em que foi encerrada a reunião de política monetária do Fed.

"Em vez de desacelerar no segundo trimestre como se esperava, os novos dados do PIB e as cifras revisadas mostram uma aceleração do crescimento", disse o analista Scott Hoyt de Moody's Analytics, que reconheceu que a tendência se deve também à correção para baixo dos dados do trimestre anterior.


O Comitê de Política Monetária do Federal Reserve norte-americano (FOMC) manteve sua política de taxas baixas e compra de títulos do Tesouro, em uma economia que cresce a um ritmo que considerou "modesto", segundo o comunicado final de sua reunião de dois dias.

Para Jim O'Sullivan, diretor especializado em Estados Unidos da High Frequency Economics, o relatório do PIB está de acordo com as expectativas de sua empresa, que projeta que o crescimento se acelerará no terceiro e quarto trimestres pela menor incidência dos cortes do gasto público.

O presidente do Fed, Ben Bernanke alertou que a partir do momento em que a taxa de desemprego caia a um nível próximo a 7% em um contexto de estabilidade dos preços (com um objetivo de inflação de 2%), o banco começaria a reduzir de forma gradual suas compras de ativos.

"O mais importante dos dados de hoje é que nos dizem que a economia norte-americana continua crescendo muito mais devagar (que o necessário) para impulsionar significativamente as perspectivas do emprego, está longe de ter se recuperado da grande recessão e o problema de base continua sendo a fragilidade da demanda, que foi exacerbada pela política de austeridade (corte do gasto público determinado pelo Congreso)", afirmou Josh Bivens, do Economic Policy Institute.

Neste sentido, o Fed estará atento ao tom dos dados mensais do emprego que serão divulgados na sexta-feira pelo Departamento de Trabalho.

Os analistas projetam que a taxa de desemprego caia a 7,5% frente a 7,6% de junho, com uma criação líquida de 175.000 postos, abaixo do nível de 195.000 registrados no relatório do mês anterior.

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