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Petrobras foi a maior cliente do BNDES de 2001 a 2016

No período, foram contratados R$ 128,5 bilhões pela estatal; nas posições seguintes aparecem a Embraer, Odebrecht, Norte Energia e Votorantim

Petrobras: a petroleira contratou R$ 128,5 bilhões (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de julho de 2017 às 17h05.

São Paulo - A Petrobras foi a maior cliente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) no período de 2001 a 2016, mostra o "Livro Verde - Nossa história tal como ela é", lançado nesta sexta-feira, 14, pelo presidente da instituição, Paulo Rabello de Castro.

No período, foram contratados R$ 128,5 bilhões pela petroleira.

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Nas posições seguintes aparecem a Embraer (R$ 85,9 bilhões), Odebrecht (R$ 51,7 bilhões), Norte Energia (R$ 34,9 bilhões) e Votorantim (R$ 31,9 bilhões).

A Oi, operadora de telecomunicação em recuperação judicial, ocupa a sétima colocação (R$ 31,4 bilhões).

Já o grupo J&F, dos empresários Joesley e Wesley Batista, ficou na 19ª posição da lista (R$ 14,9 bilhões).

"Nosso objetivo é uma grande prestação de contas a respeito das dúvidas que ao longo do recente processo político foram suscitadas, levando em conta a atuação do BNDES", disse Rabello de Castro.

O livro tem mais de 200 páginas e uma série de informações sobre as atividades da instituição no período de 2001 a 2016.

O presidente destacou que no atual processo político o banco acaba "fatalmente sendo indiretamente citado, mencionado ou lembrado".

Novo diretor

Paulo Rabello de Castro confirmou o nome de Carlos Thadeu de Freitas Gomes para a área financeira. Também afirmou que na segunda-feira, dia 17, deve ser anunciado o novo diretor da área de planejamento e pesquisa.

Gomes substituirá Claudio Coutinho, que deixou o banco na semana passada após posicionamento dado ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, por Rabello de Castro sobre a Taxa de Longo Prazo (TLP).

Outro executivo que deixou o BNDES foi Vinicius Carrasco, da área de planejamento e pesquisa.

"Perdemos dois excelentes colaboradores", afirmou Rabello. Os dois estavam diretamente envolvidos nas discussões sobre a taxa que está em discussão no Congresso para substituir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e que será usada nos financiamentos do banco.

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