Economia

Pepe Vargas defende ajuste fiscal afirma ser de curto prazo

Ministro disse que as medidas são de curto prazo e necessárias para equilibrar as contas públicas e negou a retirada de direitos de trabalhadores


	O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas: “precisamos fazer o ajuste. É no primeiro ano de governo que se faz esse ajuste"
 (Elza Fiuza/ABr)

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas: “precisamos fazer o ajuste. É no primeiro ano de governo que se faz esse ajuste" (Elza Fiuza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 13h15.

Brasília - O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, defendeu hoje (12) o ajuste fiscal proposto pelo governo.

Ele disse que as medidas são de curto prazo e necessárias para equilibrar as contas públicas e negou a retirada de direitos de trabalhadores com mudanças na concessão de benefícios da Previdência Social.

“Precisamos fazer o ajuste. É no primeiro ano de governo que se faz esse ajuste. Precisamos da contribuição de todos dentro do governo e precisamos deixar claro aos nossos parceiros – municípios e estados – que esse ajuste tem como objetivo justamente equilibrar o nosso processo fiscal para que, no próximo período, a gente possa dar continuidade ao projeto de desenvolvimento econômico e social do país, dando continuidade a todas as políticas públicas que a gente vem desenvolvendo”, argumentou o ministro.

Pepe participou da abertura da reunião do Sistema de Assessoramento para Assuntos Federativos, com servidores dos ministérios que fazem a interlocução entre o governo federal, estados e municípios. O discurso do ministro segue a orientação da presidenta Dilma Rousseff para que os integrantes do governo “travem uma batalha da comunicação” e “sejam claros” ao defender as políticas e decisões do Executivo.

Ao comentar as medidas provisórias 664 e 665, que tratam de mudanças na concessão de benefícios previdenciários – alvos de críticas de centrais sindicais e da oposição – Pepe voltou a dizer que as novas regras não retiram direitos de trabalhadores.

Ministro diz que governo está "tranquilo" quanto a indicação de Leonardo Picciani (à direita) para a liderança da CâmaraJosé Cruz/Agência Brasil

“Não temos nenhum objetivo de recuar, de retirar direitos, pelo contrário, mesmo que eventualmente tenhamos que fazer determinadas correções em alguns benefícios que são direitos do povo brasileiro”, ressaltou o ministro. Segundo Pepe Vargas, as mudanças no seguro-desemprego, no seguro-defeso, no abono salarial e nas pensões são “correções para eliminar distorções e para garantir esse direito para o povo brasileiro ao longo do tempo”.

O ministro, que é responsável pela articulação entre o governo e o Congresso Nacional, também comentou a eleição do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) para a liderança da bancada peemedebista na Câmara dos Deputados. Pepe disse que o governo está “tranquilo” com a indicação e que não tem problemas com o novo líder.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalGoverno

Mais de Economia

Brasil exporta 31 mil toneladas de biscoitos no 1º semestre de 2024

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame