Economia

Parlamento grego aprova acordo de empréstimo

10 mil pessoas se aglomeraram na Praça Syntagma de Atenas, em frente ao Parlamento, para protestar

O debate começou às 18h locais (13h de Brasília) e a votação se prolongou até depois da meia-noite local (19h de Brasília) (Louisa Gouliamaki/AFP)

O debate começou às 18h locais (13h de Brasília) e a votação se prolongou até depois da meia-noite local (19h de Brasília) (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2012 às 20h57.

Atenas - O Parlamento da Grécia ratificou nesta terça-feira o acordo do novo empréstimo concedido pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) graças à cômoda maioria absoluta do governo de coalizão formado por social-democratas e conservadores.

O debate começou às 18h locais (13h de Brasília) e a votação se prolongou até depois da meia-noite local (19h de Brasília) devido à exigência do Partido Comunista (KKE) - terceiro maior partido político grego, crítico ao acordo - de votar o projeto de forma individual e pública.

Graças à maioria de parlamentares pró-governo do Movimento Socialista Pan-Helênico (Pasok) e da Nova Democracia (ND), que somam 197 dos 300 deputados do Parlamento grego, o acordo foi aprovado sem surpresas, como se esperava.

Mas o KKE promoveu nesta terça-feira manifestações por todo o país, que congregaram milhares de pessoas descontentes com o acordo, que exige severos cortes de gastos públicos no orçamento grego. 'Não ao acordo do empréstimo' e 'Fora da UE, com o poder do povo' eram alguns dos lemas dos protestos.

Diante das cerca de 10 mil pessoas que se aglomeraram na Praça Syntagma de Atenas, em frente ao Parlamento onde se discutia o acordo, o líder dos comunistas gregos, Aleka Papariga, reiterou que seu partido fará a Grécia sair da UE e 'abolirá unilateralmente a dívida', de chegar ao poder nas próximas eleições.

As pesquisas de opinião preveem o fortalecimento de todos os partidos mais à esquerda ante o social-democrata Pasok e, de fato, poderiam chegar ao poder se formassem uma coalizão, algo improvável na Grécia dadas as más relações entre as três principais legendas esquerdistas (KKE, Esquerda Democrática e Syriza) e suas diferenças programáticas. 

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