(Getty Images)
João Pedro Caleiro
Publicado em 29 de janeiro de 2017 às 08h00.
Última atualização em 29 de janeiro de 2017 às 08h00.
São Paulo - A tensão entre Estados Unidos e Rússia, que definiu boa parte do século XX, está começando um novo capítulo.
O que vem se desenhando é uma aproximação entre o presidente russo Vladimir Putin e o presidente americano Donald Trump, que tem estilos parecidos, em detrimento de alianças mais tradicionais.
Ainda é cedo para dizer o que vai sair disso, mas vale pensar naquele ponto onde economia e poder militar se cruzam: as exportações de armas.
Esse é o tema de um post de Jeff Desjardins no site Visual Capitalist com dados compilados pelo Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI) entre 2009 e 2015.
Foram considerados tanques, mísseis e navios militares, mas não pequenas armas, munições e assistência militar direta.
80% das exportações de armas no mundo são feitas por Estados Unidos, União Europeia e Rússia. As maiores importadoras são, na ordem, Índia, Arábia Saudita e China.
Mais do que o nível, o que importa são os laços. Singapura, por exemplo, importa 71% de suas armas dos americanos, enquanto a Índia importa 70% de suas armas da Rússia.
O mapa foi criado pelo cientista de dados Hai Nguyen Mau, que também publicou uma versão considerando apenas os anos da presidência de George W. Bush, de 2001 a 2009.
Sua conclusão: a China conseguiu acumular novas luas para orbitar ao seu redor, resultado do crescimento do seu poder econômico e influência geopolítica nesse ínterim.
A grossura da linha no mapa é proporcional ao valor do comércio, e a proximidade entre os países representa a proximidade da relação comercial no setor.
É por isso que Taiwan aparece tão próximo dos EUA e tão longe da China, que não reconhece sua independência, enquanto Venezuela fica na outra ponta, bem distante dos americanos.
Veja o mapa: