Economia

Para Itaú, Selic cairá ao menos mais 0,5 ponto em maio

"Neste momento, nosso cenário básico contempla uma queda da Selic para 8,50%, permanecendo neste patamar até o final do ano", afirma o texto do banco

Segundo os economistas Ilan Goldfajn e Caio Megale, o comunicado divulgado "foi surpreendente, ao sinalizar claramente que o ciclo de cortes da taxa básica prosseguirá" (Pedro Zambarda/EXAME.com)

Segundo os economistas Ilan Goldfajn e Caio Megale, o comunicado divulgado "foi surpreendente, ao sinalizar claramente que o ciclo de cortes da taxa básica prosseguirá" (Pedro Zambarda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 15h49.

São Paulo - O Itaú Unibanco, em comentário divulgado na tarde desta quinta-feira, informou que espera ao menos um corte adicional de 0,50 ponto porcentual da Selic, hoje em 9,00%, no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nos dias 29 e 30 de maio. "Mais adiante, são possíveis cortes adicionais nos juros, na medida em que o Copom mantiver sua perspectiva de inflação benigna e que os obstáculos institucionais possam ser contornados. Neste momento, nosso cenário básico contempla uma queda da Selic para 8,50%, permanecendo neste patamar até o final do ano", afirma o texto, cujo título é "Copom: o ciclo de afrouxamento continua".

Na avaliação dos economistas Ilan Goldfajn e Caio Megale, o comunicado divulgado após a reunião "foi surpreendente, ao sinalizar claramente que o ciclo de cortes da taxa básica prosseguirá". Para o Copom, dizem os economistas do Itaú Unibanco, os riscos para a inflação são limitados. "O comportamento benigno do IPCA recentemente e o leve recuo nas expectativas de inflação do mercado para 2012 provavelmente contribuíram para esta conclusão", afirmam.

Ainda no comentário, os economistas afirmam que o Copom também avalia que o quadro internacional permanece frágil, com impacto desinflacionário para o Brasil. "Com este cenário, o Copom optou por 'continuar com o processo de ajuste monetário'. No passado, essa expressão sinalizou novos ajustes nos juros. Na nossa visão, este é um sinal claro de que a taxa cairá novamente no próximo encontro do Copom", dizem.

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