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Para indústria, Mantega não preocupa

Presidente da Fiesp elogia gestão do novo ministro à frente do BNDES e dá voto de confiança a Mantega

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h12.

O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, espera que as mudanças no Ministério da Fazenda não comprometam a estabilidade econômica e aguarda algumas mudanças importantes na condução da economia. "Temos de sair dessa visão concentrada em moeda e inflação. Essa doença [a inflação] já passou, e agora é preciso pensar em outras prioridades, como o crescimento", disse Skaf, durante o Fórum Brasil-Itália, na sede da Fiesp, nesta quarta-feira (29/3).

Se depender das diretrizes econômicas indicadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presente no Fórum Brasil-Itália, o trabalho do Ministério da Fazenda continuará focado no combate à inflação. "A economia não vai mudar. [A inflação serve] apenas para ajudar o caixa de alguns". O presidente buscou demonstrar otimismo e disse, ainda, que o "o Brasil vive um momento auspicioso". "Em poucos momentos da história tivemos uma posição tão sólida como hoje."

Sobre a saída de Antonio Palocci, Skaf afirmou, em tom de tranqüilidade, que "o Brasil é maior do que qualquer brasileiro". Ele definiu o novo ministro, Guido Mantega, como "uma pessoa competente e de equilíbrio". Prova disso, de acordo com o Skaf, foi o trabalho de Mantega no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para ampliar as linhas de crédito para pequenas e médias empresas. "Não há razão para preocupação. O Mantega merece a nossa confiança", disse.

Segundo Skaf, a avaliação do novo ministro terá uma prova importante amanhã, quando provavelmente se reúne o Conselho Monetário Nacional - que irá discutir uma nova taxa para a TJLP. "Não já motivo para a taxa estar em 9% ao ano", afirma o empresário. Para ele, a faixa ideal está entre 6% e 7%, mas admite que uma redução tão drástica é pouco provável.

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