Economia

Para Guedes, gestão do Orçamento deve ser desindexada e desvinculada

O ministro da Economia acredita que o governo não é independente com atual gestão do Orçamento

'Qual o problema de a energia ficar um pouco mais cara?', questiona Guedes
 (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

'Qual o problema de a energia ficar um pouco mais cara?', questiona Guedes (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de outubro de 2021 às 13h59.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar nesta segunda-feira, 4, sobre a importância de haver flexibilidade para os gestores decidirem sobre a destinação de recursos e também da reunião de poderes em relação a esse trabalho. "A essência da política é a destinação dos recursos públicos", disse durante abertura da 1ª Semana Orçamentária do Tribunal de Contas da União (TCU) realizado de forma online e que debate as normas constitucionais e legais sobre Orçamento público.

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Ao mesmo tempo em que enfatizou o aprendizado obtido com a gestão do orçamento de guerra, o ministro disse que o governo não conseguiu escapar do engessamento orçamentário. "Somos prisioneiros de um Orçamento público que está 96% carimbado. Não conseguimos escapar dessa herança do período de hiperinflação", considerou.

Para Guedes, um governo apenas será independente quando a gestão do Orçamento for "desobrigada, desindexada e desvinculada". "Essa é a essência da política", repetiu. "É preciso ter alianças para as melhores políticas para os recursos públicos. Há frustração quando há apenas 4% de despesas livres", comentou.

Ao mesmo tempo, de acordo com o ministro, empoçamentos, que são quantidades de recursos carimbados para devidos fins e que não são usados por não serem necessários naquele momento, "ocorrem com muita frequência".

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