Economia

Para FMI, risco de superaquecimento do Brasil caiu

Segundo o fundo, no entanto, isso não significa que o país esteja numa situação sem ameaças

Christine Lagarde, diretora do FMI: o desafio dos países emergentes é calibrar adequadamente as políticas para gerenciar os riscos negativos vindos da zona do euro (Yuri Cortez/AFP)

Christine Lagarde, diretora do FMI: o desafio dos países emergentes é calibrar adequadamente as políticas para gerenciar os riscos negativos vindos da zona do euro (Yuri Cortez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 10h50.

Nova York - Em documento divulgado nesta terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que a política monetária do Brasil já foi relaxada e que os riscos de superaquecimento recuaram, o que não significa que o País esteja numa situação sem ameaças.

"O crédito elevado e o crescimento das importações sugerem que os riscos de superaquecimento não estão completamente sob controle e poderiam ressurgir se o fluxo de capital retornar aos níveis anteriores", afirma o Fundo, no relatório Perspectiva Econômica Mundial" (WEO, na sigla em inglês), referindo-se aos patamares vistos antes de haver nova piora no cenário global.

O FMI prevê que a inflação no Brasil, medida pelo índice de preços ao consumidor, ficará em 5,2% neste ano e em 5% em 2013, em comparação com 6,6% em 2011. Para o crescimento econômico, a projeção é de expansão no Produto Interno Bruto (PIB) de 3,0% em 2012 e de 4,1% em 2013.

Segundo o FMI, o desafio dos países emergentes é calibrar adequadamente as políticas para gerenciar os riscos negativos vindos da zona do euro. Ao mesmo tempo, essas economias devem tratar das pressões vindas de atividade forte, crescimento do crédito, superaquecimento, fluxos de capitais voláteis, preços ainda elevados das commodities e renovados riscos à inflação e às posições fiscais.

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