Economia

Para Contraf-CUT, Selic precisa cair mais

A entidade dos trabalhadores vê espaço para novas reduções do juro que levem a taxa a níveis internacionais e forcem os bancos a reduzir o spread

A Contraf-CUT disse ainda que apoia o movimento de redução de taxas iniciado pelos bancos públicos para forçar o sistema todo a acompanhar os cortes (José Cruz/ABr)

A Contraf-CUT disse ainda que apoia o movimento de redução de taxas iniciado pelos bancos públicos para forçar o sistema todo a acompanhar os cortes (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2012 às 21h28.

São Paulo - A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT) acredita que é preciso seguir com os cortes da taxa Selic para que o custo dos empréstimos bancários recue também. O corte de 0,75 ponto porcentual, anunciado nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom), reduziu o juro básico para 9% ao ano.

A entidade vê espaço para novas reduções do juro que levem a taxa a níveis internacionais e forcem os bancos a também reduzir o spread e suas taxas de juros. "Embora a nova queda da Selic seja um passo positivo, o Brasil continua com uma das maiores taxas de juros do mundo", disse o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, em nota.

A Contraf-CUT disse ainda que apoia o movimento de redução de taxas iniciado pelos bancos públicos para forçar o sistema todo a acompanhar os cortes. Nesta quarta-feira, o Itaú e o Bradesco anunciaram reduções, seguindo os passos do HSBC, após Banco do Brasil e Caixa anunciarem a redução do custo dos empréstimos para pessoa física e jurídica.

"A queda nos juros não pode ser apenas perfumaria. É preciso que os bancos reduzam de fato o spread e os juros", afirmou Cordeiro. Ele defendeu ainda a realização de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro que discuta com a sociedade o papel das instituições financeiras.

A entidade também destacou que a Selic precisa ser menor, pois o desembolso do Tesouro para pagar os juros da dívida pública supera o gasto com o maior programa de transferência de renda do governo e beneficia os mais ricos.

Acompanhe tudo sobre:CUTEstatísticasIndicadores econômicosJurosSelic

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor