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Para Buffett, EUA e China evitarão "algo extremamente tolo" no comércio

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabeleceu uma postura firme nas negociações comerciais com a China

Warren Buffett: "Os Estados Unidos e a China serão as duas superpotências do mundo, economicamente e de outras formas, por um longo, longo tempo" (Chris Goodney/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 5 de maio de 2018 às 15h32.

Omaha, Estados Unidos - O bilionário Warren Buffett disse neste sábado que é improvável que os Estados Unidos e a China permaneçam em desacordo sobre o comércio, dizendo que os dois países evitarão fazer "algo extremamente tolo".

"Os Estados Unidos e a China serão as duas superpotências do mundo, economicamente e de outras formas, por um longo, longo tempo", disse Buffett durante a reunião anual de acionistas da Berkshire Hathaway, em Omaha, no Estado norte-americano de Nebraska.

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"Temos muitos interesses em comum e, como quaisquer duas grandes entidades econômicas, há momentos em que elas possuem tensões, mas é uma situação ganha-ganha quando o mundo negocia", disse Buffett.

"Teremos desentendimentos um com o outro (tanto democratas quanto republicanos), e teremos desentendimentos com outros países sobre comércio", disse Buffett sobre uma guerra comercial.

"É grande demais e óbvio demais... que os benefícios são enormes e que o mundo depende disso em grande parte para o seu progresso para que dois países inteligentes façam algo extremamente tolo", disse. "Nós dois podemos fazer coisas que são levemente tolas de vez em quando. Há um pouco de dar e receber".

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabeleceu uma postura firme nas negociações comerciais com a China, exigindo um corte de 200 bilhões de dólares no superávit comercial chinês com os Estados Unidos, tarifas mais baixas e subsídios tecnológicos avançados, disseram pessoas familiarizadas com as negociações na sexta-feira.

Buffett, de 87 anos, e seu amigo de longa data e também bilionário Charlie Munger, de 94 anos, lideram a reunião anual da Berkshire em Omaha, onde respondem a perguntas de acionistas, jornalistas e analistas.

Pouco antes da reunião, a Berkshire encerrou mais de um ano de queda no lucro operacional, mas foi prejudicada por uma nova regra contábil que fez com que registrasse um prejuízo líquido. Buffett disse que os resultados não são representativos do negócio.

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