Economia

Países do Bric analisam em Brasília seu papel no mundo pós-crise

Brasília - Brasil, Rússia, Índia e China, países que constituem o chamado Bric, iniciaram hoje (14) em Brasília encontro paralelo ao dos chefes de Estado, que começa amanhã (15) no Palácio Itamaraty. Nesta primeira reunião formal, os países analisam seu papel na transformação do mundo após a crise financeira iniciada em 2008. De acordo com […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - Brasil, Rússia, Índia e China, países que constituem o chamado Bric, iniciaram hoje (14) em Brasília encontro paralelo ao dos chefes de Estado, que começa amanhã (15) no Palácio Itamaraty. Nesta primeira reunião formal, os países analisam seu papel na transformação do mundo após a crise financeira iniciada em 2008.

De acordo com o presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Marcio Pochmann, o encontro é oportunidade inédita, uma vez que eventos desse tipo permitem reunir o que existe de mais avançado em termos de inteligência e conhecimento dos países integrantes do Bric.

Falando à Agência Brasil, Pochmann disse que se pode combinar decisões políticas, tomadas pelos chefes de Estado, com o conhecimento.

"Essa perspectiva nos coloca numa posição estratégica para fazer proposições que estejam em sintonia com os desafios mundiais. São problemas comuns, como é o caso do meio ambiente, a mudança do perfil de consumo nos países, a questão monetária e a governança global".

De acordo com o presidente do Ipea, muitas vezes esses temas não são bem desenvolvidos, já que o conhecimento da realidade de cada um dos países que compõem o Bric não está próximo daqueles que tomam decisões de governo.

"Encontros como este", disse, "permitirão que os países do Bric divulguem e analisem suas próprias realidades e procurem soluções de problemas não apenas a nível local mas globais".

A palavra Bric foi criada em novembro de 2001 pelo economista Jim O'Neill, do banco Goldman Sachs. O economista traduziu em um único termo - formado a partir das iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China - o conceito de um grupo de países com potencial de se tornar a maior força da economia mundial até o final de 2050.

A análise do economista levou em conta projeções demográficas e modelos estatísticos de produtividade industrial, entre outros dados econômicos. Se as projeções de O'Neill se confirmarem, o Bric irá superar os países mais ricos do mundo reunidos sob a sigla G 6, ou seja, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unnido, França e Itália.

Na manhã de hoje, a abertura do encontro do Bric teve a participação do ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães; do secretário-geral do Itamaraty, Antônio Patriota; do embaixador da Índia no Brasil, B. S. Prakash; do vice-presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Li Yang; e do diretor da Academia de Ciências da Rússia, Vladimir Davydov. O encontro se estende até amanhã (15).

Acompanhe tudo sobre:BricsCrises em empresasGoverno

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação