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Padilha diz ser contra reajuste do preço da gasolina

Além de tentar uma reaproximação com os usineiros, Padilha utilizou a pressão da Petrobras pela alta na gasolina para atacar o governo de São Paulo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 15h10.

Ribeirão Preto - O ex-ministro da Saúde e pré-candidato petista ao governo paulista, Alexandre Padilha , ampliou o discurso conciliador com o setor sucroalcooleiro, disse ser contra o reajuste do preço da gasolina e favorável ao aumento na mistura do etanol anidro de 25% para 27,5%.

A posição de Padilha vai de encontro à da presidente da Petrobras, Graça Foster, que defende o reajuste dos preços do combustível de petróleo, e ainda de membros do governo e das montadoras, contrários ao aumento na mistura, pela ameaça de problemas técnicos aos veículos.

"Se fossem ver todas as questões técnicas, nunca teríamos os carros flex fuel", disse Padilha.

Além de tentar uma reaproximação com os usineiros, críticos contundentes da política do governo federal e da presidente Dilma Rousseff para o etanol, Padilha utilizou a pressão da Petrobras pela alta na gasolina para atacar o governo de São Paulo.

Para o ex-ministro, um reajuste no combustível fóssil seria uma "solução Sabesp", uma comparação com a multa prevista para ser aplicada aos consumidores de São Paulo abastecidos pela companhia que não economizarem água.

"Não sou favorável à solução Sabesp (para a gasolina), que quem paga a conta é a população pela falta de obras nos últimos dez anos para aumentar a oferta de água. Defendo a participação de aumentar a mistura para 27,5%", disse Padilha, durante visita à Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).

Na defesa do etanol, Padilha citou apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um exemplo de defensor do combustível de cana-de-açúcar.

Ele não falou o nome de Dilma, cujo governo assiste a uma das piores crises do setor produtivo do biocombustível, com o fechamento de dezenas de usinas e outras em recuperação judicial.

Padilha voltou a afirmar que faltou ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) assumir a posição de defesa do setor junto ao governo federal.

Indagado pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, na abertura da Agrishow, sobre as críticas feitas pelas principais lideranças do setor do agronegócio à presidente Dilma e ao governo federal, Padilha respondeu: "Isso é interpretação sua. Se você quiser escrever isso... Quem é pessimista em relação ao Brasil não visitou a Agrishow".

Ainda na feira, Padilha fez várias promessas, antes mesmo de começar a campanha eleitoral. Entre elas a criação da versão paulista do programa federal Mais Alimentos, para o financiamento de máquinas e equipamentos para pequenos produtores.

O governo paulista, no entanto, já possui programas desse tipo, o Pró-Trator e o Pró-Implemento, que financiam com juro zero a compra de máquinas agrícolas.

Sobre Ribeirão Preto, Padilha sugeriu que o aeroporto da cidade, que tem uma verba aprovada de R$ 380 milhões para obras de ampliação do governo federal, e outros terminais aeroportuários do interior sejam concedidos à iniciativa privada, como o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e o aeroporto de Viracopos, em Campinas.

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Ribeirão Preto - O ex-ministro da Saúde e pré-candidato petista ao governo paulista, Alexandre Padilha , ampliou o discurso conciliador com o setor sucroalcooleiro, disse ser contra o reajuste do preço da gasolina e favorável ao aumento na mistura do etanol anidro de 25% para 27,5%.

A posição de Padilha vai de encontro à da presidente da Petrobras, Graça Foster, que defende o reajuste dos preços do combustível de petróleo, e ainda de membros do governo e das montadoras, contrários ao aumento na mistura, pela ameaça de problemas técnicos aos veículos.

"Se fossem ver todas as questões técnicas, nunca teríamos os carros flex fuel", disse Padilha.

Além de tentar uma reaproximação com os usineiros, críticos contundentes da política do governo federal e da presidente Dilma Rousseff para o etanol, Padilha utilizou a pressão da Petrobras pela alta na gasolina para atacar o governo de São Paulo.

Para o ex-ministro, um reajuste no combustível fóssil seria uma "solução Sabesp", uma comparação com a multa prevista para ser aplicada aos consumidores de São Paulo abastecidos pela companhia que não economizarem água.

"Não sou favorável à solução Sabesp (para a gasolina), que quem paga a conta é a população pela falta de obras nos últimos dez anos para aumentar a oferta de água. Defendo a participação de aumentar a mistura para 27,5%", disse Padilha, durante visita à Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).

Na defesa do etanol, Padilha citou apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um exemplo de defensor do combustível de cana-de-açúcar.

Ele não falou o nome de Dilma, cujo governo assiste a uma das piores crises do setor produtivo do biocombustível, com o fechamento de dezenas de usinas e outras em recuperação judicial.

Padilha voltou a afirmar que faltou ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) assumir a posição de defesa do setor junto ao governo federal.

Indagado pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, na abertura da Agrishow, sobre as críticas feitas pelas principais lideranças do setor do agronegócio à presidente Dilma e ao governo federal, Padilha respondeu: "Isso é interpretação sua. Se você quiser escrever isso... Quem é pessimista em relação ao Brasil não visitou a Agrishow".

Ainda na feira, Padilha fez várias promessas, antes mesmo de começar a campanha eleitoral. Entre elas a criação da versão paulista do programa federal Mais Alimentos, para o financiamento de máquinas e equipamentos para pequenos produtores.

O governo paulista, no entanto, já possui programas desse tipo, o Pró-Trator e o Pró-Implemento, que financiam com juro zero a compra de máquinas agrícolas.

Sobre Ribeirão Preto, Padilha sugeriu que o aeroporto da cidade, que tem uma verba aprovada de R$ 380 milhões para obras de ampliação do governo federal, e outros terminais aeroportuários do interior sejam concedidos à iniciativa privada, como o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e o aeroporto de Viracopos, em Campinas.

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