O crescimento do otimismo registrado em janeiro é reflexo das medidas de política monetária adotadas pelo governo no final do ano passado para estimular o consumo (Lia Lubambo/EXAME)
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 19h42.
Brasília - O aumento do otimismo registrado pelo Índice de Expectativa das Famílias Brasileiras (IEF), divulgado hoje (9) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é um dado importante para alavancar a economia brasileira, pois serve como indicador para a indústria programar suas vendas, de acordo com a intenção de consumo.
A análise foi feita pelo assessor técnico da presidência do Ipea, André Calixtre, ao comentar os dados da 18ª edição do IEF. O indicador aumentou de 67,2 pontos, em dezembro, para 69 pontos, em janeiro de 2012, alcançando a maior taxa, desde agosto de 2010.
Segundo o analista, o índice vinha registrando estabilidade ao longo de 2011. O crescimento registrado de dezembro para janeiro é reflexo das medidas de política monetária adotadas pelo governo no final do ano passado para estimular o consumo.
Segundo André Calixtre, “o endividamento das famílias ainda é baixo”, segundo os dados da pesquisa, o que demonstra que “há espaço para o aumento do crédito”. Ele ressaltou que a taxa de juros é um fator que também influencia as expectativas de consumo, pelo impacto sobre o pagamento de dívidas nas compras a crédito.
“Nós já esperávamos que, no final do ano, houvesse aumento no Índice de Expectativa das Famílias, por causa dos fatores que influenciam a economia nessa época. E esse índice sempre é baseado no otimismo das famílias brasileiras em relação à sua situação e à situação do país”, explicou André Calixtre.