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Orçamento de Trump nos EUA depende de matemática questionável

O governo estima que as políticas econômicas, entre elas o plano tributário, iriam impulsionar o crescimento do país e gerar mais US$ 2,1 tri em receita

Trump: economistas e analistas do orçamento criticaram o projeto (Yuri Gripas/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de maio de 2017 às 22h04.

Washington - A alegação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , de que seu orçamento irá acabar com o déficit do país em dez anos depende de um truque de contabilidade.

Os assessores econômicos dele insistem há meses que a proposta de cortar impostos pode ser neutra para a receita, já que haverá mais receita com impostos pelo maior crescimento.

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Na proposta orçamentária desta terça-feira, porém, Trump vai um passo além: o governo estima que as políticas econômicas, entre elas o plano tributário, iriam impulsionar o crescimento do país e gerar mais US$ 2,1 trilhões em receita, algo que se ocorrer levaria Trump a dizer que equilibraria o orçamento até 2027.

Economistas e analistas do orçamento, porém, criticaram o projeto. Segundo eles, a conta não fecha e alegação foi atribuída a uma omissão econômica ou a um erro matemático.

O ex-secretário do Tesouro Lawrence Summers, que atuou como assessor econômico no governo do presidente Barack Obama, afirmou que parece haver o maior erro de contabilidade no orçamento nos quase 40 anos que ele acompanha o assunto.

Na raiz do problema está a decisão de Trump de não incluir qualquer detalhe dos custos de seu plano tributário na proposta orçamentária da terça-feira para o Congresso, porém quantificar a receita com esse plano.

O governo avalia que, junto com outras políticas, as mudanças tributárias levarão o crescimento do país a 3%, dos cerca de 2% atuais, e que o plano tributário gerará até US$ 2,1 trilhões em novas receitas.

O plano orçamentário de Trump prevê que os cortes de impostos não impliquem nenhuma perda de receita, mas sim que haverá mais US$ 2,1 trilhões em receita extra com o crescimento maior.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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