Economia

Orçamento de Obama mira milionários

Casa Branca propôs orçamento que reduz o déficit ao forçar os milionários a pagarem mais em impostos


	Cópia da proposta do presidente dos Estados Unidos para o orçamento de 2014 sendo apresentado em Washingto por Marsha Blackburn
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Cópia da proposta do presidente dos Estados Unidos para o orçamento de 2014 sendo apresentado em Washingto por Marsha Blackburn (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 10h27.

Washington - A Casa Branca propôs nesta quarta-feira um orçamento que reduz o déficit dos Estados Unidos ao longo de três anos ao forçar os milionários a pagarem mais em impostos e decretando cortes de gastos que substituem as reduções que entraram em vigor no mês passado.

O plano de orçamento fiscal de 2014 do presidente Barack Obama garante que aqueles que ganham 1 milhão de dólares por ano ou mais terão que pagar em impostos no mínimo 30 por cento da sua receita, após doações à caridade, afirmaram autoridades.

Esse aumento, junto com cortes de gastos e um teto de 28 por cento sobre deduções tributárias para quem tem altos salários, diminuirá o déficit orçamentário dos EUA para 2,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, disseram autoridades da administração a repórteres. O Escritório de Orçamento do Congresso projetou em fevereiro que o déficit dos Estados Unidos será de 5,3 por cento do PIB neste ano.

Obama irá divulgar o orçamento completo às 12h15 (horário de Brasília) e fará comentários na ocasião.

O orçamento do presidente tem pouca chance de ser transformado em lei. Entretanto, autoridades da administração afirmaram que, apesar da resistência dos líderes republicanos aos aumentos de impostos, elas esperam que isso possa levar a um acordo de redução de déficit.

"Continua a haver pessoas que estão do lado republicano... no Senado pelo menos, que estão dizendo coisas que podem dar alguma esperança de que há um caminho para um acordo", disse uma autoridade sênior da administração a repórteres.

O presidente está quebrando a tradição de usar a divulgação amplamente simbólica do Orçamento para delinear suas propostas de gastos e impostos ideais. Em vez disso, ele está tentando retomar as discussões para resolver um batalha fiscal de longa data com seus adversários no Capitólio.

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