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Operações de microcrédito do BNDES atingem marca de R$ 1 bilhão

Pelos dados do banco, 80% dos empréstimos são utilizados como capital de giro e em torno de 70% são para pessoas dos ramos de comércio e serviço

Dinheiro: o programa começou em 2005 e, desde 2014, entrou definitivamente para a carteira de produtos do banco
AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 19h30.

As operações de microcrédito produtivo oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) alcançaram, em outubro, a marca de R$ 1 bilhão em financiamento para o microempreendedor e microempreendedor individual. O dado foi divulgado hoje (21) pela instituição.

O programa começou em 2005 e, desde 2014, entrou definitivamente para a carteira de produtos do banco. Desde o início, foi contabilizado um total de 1,3 milhão de operações, no valor de até R$ 20 mil, a juros de até 4% ao mês, para financiar capital de giro e investimentos produtivos de atividades de pequeno porte, como obras e compra de máquinas, equipamentos, insumos e materiais. Segundo o BNDES, 60% dos beneficiados são mulheres.

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Pelos dados do banco, 80% dos empréstimos são utilizados como capital de giro e em torno de 70% são para pessoas dos ramos de comércio e serviço.

A chefe do Departamento de Inclusão Produtiva do BNDES, Daniela Arantes, destacou que o trabalho na ponta é feito por agentes operadores habilitados pelo banco como instituições do Microcrédito Produtivo Orientado, que oferecem uma avaliação mais facilitada para a concessão do crédito do que as instituições financeiras tradicionais.

"É microcrédito mesmo, [são] valores bem pequenos. São pessoas que só conseguem alguma fonte de recurso via microcrédito. É facilitado, a análise é dos agentes repassadores. Em alguns casos, os microempreendedores nem têm conhecimento de que o recurso é do BNDES, eles acham que o recurso vem da entidade repassadora, mas a análise é muito mais flexível do que uma análise bancária tradicional", ressaltou Daniela.

Atualmente, são 38 entidades credenciadas pelo BNDES em todo o Brasil, entre agências de fomento, bancos comerciais, cooperativas centrais de crédito, cooperativas singulares de crédito, bancos cooperativos, organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) e sociedades de Crédito ao Microempreendedor (SCMs).

O gerente do mesmo departamento, Paulo Roberto Monteiro, disse que os agentes operadores também auxiliam os tomadores do empréstimo a fazer o melhor uso do recurso.

"O microcrédito produtivo orientado usa uma metodologia chamada de finança de proximidade. A instituição repassadora tem o agente de crédito que vai até o local de trabalho do microempreendedor e ali faz o trabalho de prospecção dos clientes e também uma orientação na utilização do recurso. E posteriormente ele faz um acompanhamento mês a mês para ver como está indo a evolução desse microempreendedor."

A estimativa do BNDES é que, com um efeito multiplicador, o benefício do microcrédito tenha chegado a R$ 4,5 bilhões nas mãos de microempreendedores como costureiras, pipoqueiros, borracheiras, cabeleireiras, jornaleiros, marceneiros e artesãos, entre outros.

O valor médio das operações é de R$ 2,5 mil e a taxa de inadimplência, inferior a 5%. Para ter acesso, a microempresa ou pessoa física empreendedora deve ter faturamento de até R$ 360 mil.

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