Economia

Opep mantém cortes de oferta para apoiar preços do petróleo

Segundo Cartel, JMMC reafirmou o compromisso dos membros de manter sua estratégia de produção até o fim de 2024

Opep: Os preços do petróleo se recuperaram nos últimos meses, à medida que os principais produtores - Arábia Saudita e Rússia - retiraram milhões de barris do mercado (Olga Rolenko/Getty Images)

Opep: Os preços do petróleo se recuperaram nos últimos meses, à medida que os principais produtores - Arábia Saudita e Rússia - retiraram milhões de barris do mercado (Olga Rolenko/Getty Images)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 4 de outubro de 2023 às 19h56.

Um painel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) recomendou, nesta quarta-feira, 4, que o cartel mantenha a estratégia de redução da produção, reforçada pelos cortes sauditas e russos, com o objetivo de apoiar os preços.

Em comunicado divulgado após uma reunião por videoconferência, a Opep+ informou que seu Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto (JMMC) “reafirmou o compromisso dos membros" de manter sua estratégia de produção até o fim de 2024".

Fique por dentro das últimas notícias no WhatsApp da Exame. Inscreva-se aqui 👉 https://t.ly/6ORRo

O painel acrescentou que está pronto "para tomar medidas adicionais a qualquer momento”, em função das condições do mercado.

O JMMC elogiou "os esforços da Arábia Saudita” para reduzir voluntariamente sua produção em 1 milhão de barris por dia desde julho. O Ministério da Energia saudita confirmou que o corte voluntário continuará até ao fim de 2023 e acrescentou que a produção do reino deve chegar a cerca de 9 milhões de barris diários em novembro e dezembro.

A Rússia irá manter seu corte das exportações em cerca de 300 mil barris diários até dezembro, informou o vice-primeiro-ministro, Alexander Novak, pelo canal do governo no Telegram. Riade e Moscou ressaltaram que vão revisar seus cortes no próximo mês, para decidir se irão aprofundá-los ou aumentar a produção.

O JMMC voltará a se reunir em 26 de novembro, antes do encontro ministerial, segundo comunicado do grupo. O comitê não tem poder de decisão, mas discute as condições do mercado e faz recomendações, que são discutidas formalmente nas reuniões ministeriais da organização.

Os preços do petróleo se recuperaram nos últimos meses, à medida que os principais produtores - Arábia Saudita e Rússia - retiraram milhões de barris do mercado. No entanto, as cotações do petróleo bruto caíram nos últimos dias, em um cenário de preocupação dos mercados com a desaceleração econômica e de taxas de juros elevadas nos Estados Unidos e na Europa.

Acompanhe tudo sobre:OpepPetróleo

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito