OMC aponta que Brasil está menos protecionista
Segundo informe da OMC, apesar da recessão, Brasil tem se tornado menos protecionista
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2016 às 11h39.
Genebra - Mergulhado em uma recessão , o Brasil foi o terceiro país a adotar o maior número de barreiras comerciais em 2015. Mas, pela primeira vez e a partir do início de 2016, o governo usou mais medidas liberalizantes do que barreiras ao comércio.
Isso é o que revela informe da Organização Mundial do Comércio ( OMC ) que serve de base para os trabalhos do G-20 .
De um total de 24 medidas adotadas pelo governo entre outubro de 2015 e maio de 2016 - o auge da crise no País -, apenas 9 foram restritivas. O restante promoveu a queda de tarifas de importação para diversos setores ou retirou entraves para a entrada de produtos.
O volume ainda se contrasta com os indicadores dos últimos anos. Em 2014, foram 35 barreiras criadas pelo Brasil apenas na área de antidumping. Mas, em 2015, o Brasil reduziu o total de medidas antidumping para 23 e foi superado por Índia e Estados Unidos.
O recuo da pressão protecionista no Brasil coincide com uma queda importante no fluxo de comércio. Segundo a avaliação da OMC, o País teve uma das maiores quedas de importação do mundo em 2015, com redução de 15%.
Ainda assim, os estoques de barreiras no País colocam o Brasil entre os mais protecionistas do G-20. Somando todas as ações desde a eclosão da crise, em 2008, foram quase 180 medidas antidumping, número superado apenas pelos EUA, com cerca de 200.
No caso brasileiro, o principal alvo são os chineses, com mais de 60 barreiras.
Em 2015, as barreiras técnicas do Brasil chegaram a 115, uma vez mais superado apenas pelos EUA, com 283.
Mas o estoque de medidas ainda em vigor preocupa a OMC. Em seu informe ao G-20, a entidade constata que o volume de medidas protecionistas atingiu o maior nível desde que começou a monitorar a adoção de barreiras, em 2009.
Entre outubro de 2015 e maio de 2016, as economias do G-20 criaram 145 novas barreiras, quase 21 a cada mês. "Há muito tempo estamos preocupados com o aumento das medidas restritivas", disse Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Genebra - Mergulhado em uma recessão , o Brasil foi o terceiro país a adotar o maior número de barreiras comerciais em 2015. Mas, pela primeira vez e a partir do início de 2016, o governo usou mais medidas liberalizantes do que barreiras ao comércio.
Isso é o que revela informe da Organização Mundial do Comércio ( OMC ) que serve de base para os trabalhos do G-20 .
De um total de 24 medidas adotadas pelo governo entre outubro de 2015 e maio de 2016 - o auge da crise no País -, apenas 9 foram restritivas. O restante promoveu a queda de tarifas de importação para diversos setores ou retirou entraves para a entrada de produtos.
O volume ainda se contrasta com os indicadores dos últimos anos. Em 2014, foram 35 barreiras criadas pelo Brasil apenas na área de antidumping. Mas, em 2015, o Brasil reduziu o total de medidas antidumping para 23 e foi superado por Índia e Estados Unidos.
O recuo da pressão protecionista no Brasil coincide com uma queda importante no fluxo de comércio. Segundo a avaliação da OMC, o País teve uma das maiores quedas de importação do mundo em 2015, com redução de 15%.
Ainda assim, os estoques de barreiras no País colocam o Brasil entre os mais protecionistas do G-20. Somando todas as ações desde a eclosão da crise, em 2008, foram quase 180 medidas antidumping, número superado apenas pelos EUA, com cerca de 200.
No caso brasileiro, o principal alvo são os chineses, com mais de 60 barreiras.
Em 2015, as barreiras técnicas do Brasil chegaram a 115, uma vez mais superado apenas pelos EUA, com 283.
Mas o estoque de medidas ainda em vigor preocupa a OMC. Em seu informe ao G-20, a entidade constata que o volume de medidas protecionistas atingiu o maior nível desde que começou a monitorar a adoção de barreiras, em 2009.
Entre outubro de 2015 e maio de 2016, as economias do G-20 criaram 145 novas barreiras, quase 21 a cada mês. "Há muito tempo estamos preocupados com o aumento das medidas restritivas", disse Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.