Economia

Olimpíada ainda tem mais de mil vagas de trabalho abertas

O processo seletivo envolve etapas presenciais e online


	Olimpíada: vagas de trabalho têm processo seletivo online e presencial
 (Divulgação / Site Pastoral do Esporte do Rio)

Olimpíada: vagas de trabalho têm processo seletivo online e presencial (Divulgação / Site Pastoral do Esporte do Rio)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2016 às 10h55.

São Paulo - Faltando menos de duas semanas para o início da Olimpíada do Rio, interessados em trabalhar no evento ainda têm chance de conquistar uma vaga. No comando das contratações está a diretora de recursos humanos da Manpower, Márcia Almstron. "Temos uma frente de trabalho em andamento para finalizar as contratações de quem vai atuar diretamente no Comitê Olímpico. Interessados devem se cadastrar no site. O processo seletivo envolve etapas presenciais e online", diz.

Ela conta que das 1.300 contratações que deve fazer em julho, cerca de mil candidatos já estão sendo avaliados pelos gestores. "Mas temos 107 vagas para as quais ainda não encontramos pessoas com o perfil necessário. Essa é uma grande oportunidade", avalia.

Márcia diz que também está iniciando a seleção para preencher 98 vagas de quem vai trabalhar na Paralimpíada. "Ao todo, trabalhamos 5.800 vagas para os jogos olímpicos."

Segundo ela, ainda existem muitas vagas disponíveis para a área de chegadas e partidas.

"São pessoas que darão orientação aos visitantes em aeroportos e rodoviárias, ou irão oferecer transporte. Também temos várias vagas de apoio ao esporte. Simpatizantes de alguma prática esportiva podem dar apoio, por exemplo, em um jogo de golfe. Não precisa ter experiência, mas muita motivação para fazer parte dos jogos." Para trabalhar no Comitê Organizador as remunerações variam de R$ 1,5 mil a R$ 6 mil, para cargos como coordenador, analista e assistente.

Ela afirma que entre os contratados, muitos estavam desempregados. "Mas o número de jovens que estão inaugurando sua carteira de trabalho também é grande."

Entre esses jovens está Caroline Lopes Braga, de 20 anos. A estudante de gastronomia conta que já foi aprovada em vários processos seletivos, mas nunca foi contratada. "Felizmente, estou tendo a minha primeira oportunidade de emprego."

Ela diz que trabalha há mais de um mês como assistente do chefe de compras de alimentos secos da Sapore - empresa responsável pela alimentação na Vila Olímpica. "Faço agendamento, cotação, autorização de fornecimento, lido com fornecedores. Meu contrato vai até outubro. Está sendo uma oportunidade incrível." Com a experiência, Caroline acha que será mais fácil arrumar outra colocação quando a Olimpíada acabar.

A diretora de RH da Sapore, Andrea Krug, diz que a empresa tem concessão para oferecer alimentação aos atletas, membros das delegações e voluntários que irão atuar dentro da Vila Olímpica, em Jacarepaguá. "Teremos 17 mil pessoas na Vila. No pico do evento, serviremos de 70 mil a 80 mil refeições por dia. Digo ao pessoal contratado que por trás de cada medalha haverá um pouco de nós."

Segundo ela, os salários vão de R$ 1 mil a R$ 8 mil. "Ao todo, já contratamos duas mil pessoas. Mas preciso ter um cadastro reserva com um pouco mais de dois mil nomes, caso ocorram desistências.

Andrea afirma que os Jogos estão oferecendo uma oportunidade de carreira ímpar. "As pessoas sairão dele mais preparadas e abertas à diversidade." Ela conta que todos os dias o cardápio tem 450 itens diferentes em nove ilhas de comidas. "Vamos atender pessoas de 206 nações. Procuramos contemplar o máximo de diversidade possível em termos gastronômicos e perfil dos funcionários. Temos pessoas com Síndrome de Down, cadeirantes, anões, transgêneros etc. Também demos oportunidade de trabalho para refugiados de guerra do Congo, que têm francês e inglês fluentes."

O chef carioca Thiago Rossetti faz parte do time que vai cuidar da alimentação dos atletas. Formado na Le Cordon Bleu, de Paris, trabalhou dez anos na Europa. "Participo da produção de comida asiática e indiana. Trabalhei em hotéis de Londres com muitos indianos. Também passei quatro meses viajando pela Ásia, por isso me colocaram nessa função, apesar de ter especialização em comida francesa e italiana", conta.

Rossetti afirma que esta é uma experiência única. "Servir tantos atletas será um diferencial em minha carreira. Estou fazendo um networking muito legal, conhecendo novos cozinheiros do Brasil e do mundo."

A gerente de RH e system motivation da Coca-Cola, Marina Peixoto, conta que já contratou mais de 3.500 pessoas, muitas das quais já estão trabalhando no evento de revezamento da Tocha Olímpica.

Segundo ela, algumas pessoas com empregos sólidos optaram por um emprego temporário apenas para participar do evento. "É a primeira vez que os Jogos Olímpicos irão ocorrer na América do Sul. O espírito olímpico é algo que motiva e contagia as pessoas."

Ela conta que na próxima semana fará treinamento com todo o time. "Explicaremos detalhes das atividades e vamos reforçar regras de segurança, habilidade no tratamento com consumidores e atletas, além de uma seção motivacional."

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