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OCDE rebaixa expectativa de crescimento e faz alerta

A entidade rebaixou expectativa de crescimento para a maior parte de seus membros, e alerto para a estagnação da Zona do Euro

OCDE: organização calculou que a economia de seus 34 estados progredirá 1,8% neste ano (Jean Ayissi/AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2014 às 09h42.

Paris - A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) rebaixou nesta terça-feira a expectativa de crescimento para a maior parte de seus países-membros e alertou para a ameaça que representa para a economia mundial a estagnação da Zona do Euro , onde não se descarta o risco de deflação.

Em seu relatório semestral, a OCDE calculou que a economia de seus 34 estados progredirá 1,8% neste ano, quatro décimos a menos do que tinha calculado em maio, e 2,3% em 2015, cinco décimos a menos do que a previsão anterior. Em 2016, o crescimento será de 2,6%.

O grande doente é a Zona do Euro, onde se espera um avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8% em 2014 (contra 1,2% de seis meses atrás), e de 1,1% em 2015 (comparado com o 1,7% do relatório anterior). Em 2016, a previsão de crescimento é de 1,7%.

A economista-chefe da organização, Catherine Mann, disse que os países da Zona do Euro que "recarregaram seus motores com reformas de grande alcance" estão começando a se recuperar.

Um dos melhores exemplos seria a Espanha, um dos poucos países onde os números foram corrigidos em alta. Agora, espera-se uma expansão de 1,3% em 2014 (ante o 1% anterior); e de 1,7% em 2015 (contra o 1,5% do último relatório).

Mas além dos casos de alguns países periféricos, a OCDE explica que a ameaça representada pela Zona do Euro para o crescimento global está relacionado ao desemprego alto (11% da população ativa em 2014), e a uma taxa de inflação longe da meta de 2% (0,5% neste ano).

A situação no Japão também é crítica: a previsão de crescimento para 2014 caiu de 1,2% para 0,4%, e para 2015 de 1,2% para 0,8%. A OCDE espera, no entanto, que os estímulos monetários anunciados pelo Banco do Japão e o atraso em dois anos, de 2015 a 2017, de uma nova alta para o imposto sobre o consumo, permita uma retomada do crescimento.

Os Estados Unidos, embora com um ritmo de evolução superior, também foram alvo de correções. Para 2014, a previsão de crescimento do PIB caiu de 2,6% para 2,2%, e em 2015 de 3,5% para 3,1%.

A OCDE aconselha aos países equilibrarem a política fiscal para ao mesmo tempo garantir a sustentabilidade das contas públicas frente a possíveis choques a curto prazo, e dar confiança aos atores econômicos.

No debate sobre o papel do investimento para dinamizar a atividade, Mann está convencida de que a despesa em inovação, educação e infraestrutura servirá de estímulo econômico a curto prazo e contribuirá para um dos maiores empecilhos da crise: um potencial de crescimento mais baixo.

A constatação é de que a economia global cresceu desde a explosão da crise, há sete anos, a um ritmo de 3% anual, o que significa mais de um ponto a menos do que no período entre 2000 e 2007.

Isso significa que irá demorar 23 anos para o PIB mundial duplicar, o que ocorria anteriormente em 17,5 anos, e essa nova tendência vai afetar em particular o bem-estar da população mais jovem.

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Paris - A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) rebaixou nesta terça-feira a expectativa de crescimento para a maior parte de seus países-membros e alertou para a ameaça que representa para a economia mundial a estagnação da Zona do Euro , onde não se descarta o risco de deflação.

Em seu relatório semestral, a OCDE calculou que a economia de seus 34 estados progredirá 1,8% neste ano, quatro décimos a menos do que tinha calculado em maio, e 2,3% em 2015, cinco décimos a menos do que a previsão anterior. Em 2016, o crescimento será de 2,6%.

O grande doente é a Zona do Euro, onde se espera um avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8% em 2014 (contra 1,2% de seis meses atrás), e de 1,1% em 2015 (comparado com o 1,7% do relatório anterior). Em 2016, a previsão de crescimento é de 1,7%.

A economista-chefe da organização, Catherine Mann, disse que os países da Zona do Euro que "recarregaram seus motores com reformas de grande alcance" estão começando a se recuperar.

Um dos melhores exemplos seria a Espanha, um dos poucos países onde os números foram corrigidos em alta. Agora, espera-se uma expansão de 1,3% em 2014 (ante o 1% anterior); e de 1,7% em 2015 (contra o 1,5% do último relatório).

Mas além dos casos de alguns países periféricos, a OCDE explica que a ameaça representada pela Zona do Euro para o crescimento global está relacionado ao desemprego alto (11% da população ativa em 2014), e a uma taxa de inflação longe da meta de 2% (0,5% neste ano).

A situação no Japão também é crítica: a previsão de crescimento para 2014 caiu de 1,2% para 0,4%, e para 2015 de 1,2% para 0,8%. A OCDE espera, no entanto, que os estímulos monetários anunciados pelo Banco do Japão e o atraso em dois anos, de 2015 a 2017, de uma nova alta para o imposto sobre o consumo, permita uma retomada do crescimento.

Os Estados Unidos, embora com um ritmo de evolução superior, também foram alvo de correções. Para 2014, a previsão de crescimento do PIB caiu de 2,6% para 2,2%, e em 2015 de 3,5% para 3,1%.

A OCDE aconselha aos países equilibrarem a política fiscal para ao mesmo tempo garantir a sustentabilidade das contas públicas frente a possíveis choques a curto prazo, e dar confiança aos atores econômicos.

No debate sobre o papel do investimento para dinamizar a atividade, Mann está convencida de que a despesa em inovação, educação e infraestrutura servirá de estímulo econômico a curto prazo e contribuirá para um dos maiores empecilhos da crise: um potencial de crescimento mais baixo.

A constatação é de que a economia global cresceu desde a explosão da crise, há sete anos, a um ritmo de 3% anual, o que significa mais de um ponto a menos do que no período entre 2000 e 2007.

Isso significa que irá demorar 23 anos para o PIB mundial duplicar, o que ocorria anteriormente em 17,5 anos, e essa nova tendência vai afetar em particular o bem-estar da população mais jovem.

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