Ocampo elogia política econômica brasileira
O candidato à presidência do Banco Mundial (Bird) pela Colômbia disse que "o dólar estaria muito mais baixo não fossem as medidas tomadas
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2012 às 18h48.
Brasília – O candidato da Colômbia à presidência do Banco Mundial (Bird), José Antonio Ocampo, elogiou a política de controle de capitais e o pacote de estímulo à indústria adotados pelo Brasil. Ele se reuniu na tarde de hoje (12) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para angariar apoio na disputa pelo comando da instituição financeira.
Para Ocampo, a política econômica brasileira está no rumo certo. “O câmbio [moeda norte-americana] estaria muito mais baixo não fossem as medidas para regular a entrada de capitais externos”, declarou. Ele disse que a taxação da entrada de capitais especulativos estrangeiros é necessária para enxugar o excesso de recursos que migraram para os países emergentes após o agravamento da crise econômica global.
Em relação às medidas de impulso à indústria, o colombiano considerou apropriadas as reduções de impostos e a ampliação dos financiamentos oficiais para estimular o setor industrial e promover a inovação. “Tenho muita simpatia à política industrial que o governo brasileiro montou porque este é, sem dúvida, o governo latino-americano que recuperou o papel central da política industrial”, disse.
Apresentando-se como o candidato da mudança, Ocampo cobrou o compromisso dos países emergentes de lançar candidaturas alternativas ao comando das principais instituições multilaterais do mundo. “Represento um movimento para lançar candidaturas de países em desenvolvimento. Por isso, estou nessa disputa. Não me candidataria se não tivessem me designado, e o Brasil é um dos agentes mais importantes nesse processo”, ressaltou.
Apesar do encontro, o candidato não saiu com o apoio oficial do governo brasileiro. A escolha do novo presidente do Bird está prevista para ocorrer na próxima segunda-feira (16). Ex-ministro da Fazenda da Colômbia, Ocampo é professor na Escola de Assuntos Internacionais e Públicos da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.
Além de Ocampo, disputam a presidência do Bird o sul-coreano naturalizado norte-americano, Jim Yong Kim, apoiado pelo presidente Barack Obama, e a ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala. Ocampo teve a candidatura patrocinada por países latino-americanos que dividem com o Brasil uma cadeira no Banco Mundial, mas ainda não obteve apoio oficial do governo brasileiro.
Desde a criação do Banco Mundial e do FMI, em 1944, a Europa e os Estados Unidos dividem o comando das duas instituições. O Fundo fica sob o comando de um europeu, enquanto o Banco Mundial é presidido por um norte-americano. No ano passado, a América Latina lançou a candidatura do mexicano Agustín Carstens para o cargo do diretor gerente do FMI, mas a vencedora foi a francesa Christine Lagarde.
Brasília – O candidato da Colômbia à presidência do Banco Mundial (Bird), José Antonio Ocampo, elogiou a política de controle de capitais e o pacote de estímulo à indústria adotados pelo Brasil. Ele se reuniu na tarde de hoje (12) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para angariar apoio na disputa pelo comando da instituição financeira.
Para Ocampo, a política econômica brasileira está no rumo certo. “O câmbio [moeda norte-americana] estaria muito mais baixo não fossem as medidas para regular a entrada de capitais externos”, declarou. Ele disse que a taxação da entrada de capitais especulativos estrangeiros é necessária para enxugar o excesso de recursos que migraram para os países emergentes após o agravamento da crise econômica global.
Em relação às medidas de impulso à indústria, o colombiano considerou apropriadas as reduções de impostos e a ampliação dos financiamentos oficiais para estimular o setor industrial e promover a inovação. “Tenho muita simpatia à política industrial que o governo brasileiro montou porque este é, sem dúvida, o governo latino-americano que recuperou o papel central da política industrial”, disse.
Apresentando-se como o candidato da mudança, Ocampo cobrou o compromisso dos países emergentes de lançar candidaturas alternativas ao comando das principais instituições multilaterais do mundo. “Represento um movimento para lançar candidaturas de países em desenvolvimento. Por isso, estou nessa disputa. Não me candidataria se não tivessem me designado, e o Brasil é um dos agentes mais importantes nesse processo”, ressaltou.
Apesar do encontro, o candidato não saiu com o apoio oficial do governo brasileiro. A escolha do novo presidente do Bird está prevista para ocorrer na próxima segunda-feira (16). Ex-ministro da Fazenda da Colômbia, Ocampo é professor na Escola de Assuntos Internacionais e Públicos da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.
Além de Ocampo, disputam a presidência do Bird o sul-coreano naturalizado norte-americano, Jim Yong Kim, apoiado pelo presidente Barack Obama, e a ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala. Ocampo teve a candidatura patrocinada por países latino-americanos que dividem com o Brasil uma cadeira no Banco Mundial, mas ainda não obteve apoio oficial do governo brasileiro.
Desde a criação do Banco Mundial e do FMI, em 1944, a Europa e os Estados Unidos dividem o comando das duas instituições. O Fundo fica sob o comando de um europeu, enquanto o Banco Mundial é presidido por um norte-americano. No ano passado, a América Latina lançou a candidatura do mexicano Agustín Carstens para o cargo do diretor gerente do FMI, mas a vencedora foi a francesa Christine Lagarde.