Objeção alemã coloca em perigo recapitalização bancária
A relutância da Alemanha está se tornando o maior dos obstáculos para permitir que o fundo de resgate da zona do euro invista em bancos que precisam de mais capital
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2013 às 07h00.
Berlim - As objeções alemãs estão colocando em risco um acordo histórico feito no ano passado para impedir grandes perdas em bancos europeus, o que minaria a solvência dos Estados membros da zona do euro.
A relutância da Alemanha em colocar dinheiro de seus contribuintes em risco em bancos de outros países está se tornando o maior dos obstáculos para permitir que o fundo de resgate da zona do euro, o chamado Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), invista diretamente em bancos que precisam de mais capital.
Na Irlanda, Espanha, Grécia e Chipre, os resgates de bancos em dificuldades estão colocando pesados fardos sobre o Estado, somando-se ao rápido crescimento das dívidas nacionais.
Os ministros das Finanças da zona do euro vão se reunir hoje para discutir a recapitalização bancária via ESM, assim como para continuar as negociações sobre um pacote de resgate para Chipre.
A desunião política sobre a supostamente acordada solução - injeções diretas de capital via ESM - tornou-se tão arraigada que o diretor do ESM, Klaus Regling, advertiu no fim de semana que a medida poderá não ser implementada.
"Há vários países nos quais o entusiasmo para a recapitalização bancária direta via ESM é limitado", disse Regling à revista alemã Wirtschaftswoche, acrescentando que ele não saberia dizer com certeza se "este novo instrumento viria a existir". Um porta-voz de Regling confirmou os comentários.
Essa advertência deve aumentar as preocupações de que os esforços da Europa para corrigir as falhas de sua união monetária estão perdendo urgência, após meses de relativa calma nos mercados financeiros europeus. As informações são da Dow Jones.
Berlim - As objeções alemãs estão colocando em risco um acordo histórico feito no ano passado para impedir grandes perdas em bancos europeus, o que minaria a solvência dos Estados membros da zona do euro.
A relutância da Alemanha em colocar dinheiro de seus contribuintes em risco em bancos de outros países está se tornando o maior dos obstáculos para permitir que o fundo de resgate da zona do euro, o chamado Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), invista diretamente em bancos que precisam de mais capital.
Na Irlanda, Espanha, Grécia e Chipre, os resgates de bancos em dificuldades estão colocando pesados fardos sobre o Estado, somando-se ao rápido crescimento das dívidas nacionais.
Os ministros das Finanças da zona do euro vão se reunir hoje para discutir a recapitalização bancária via ESM, assim como para continuar as negociações sobre um pacote de resgate para Chipre.
A desunião política sobre a supostamente acordada solução - injeções diretas de capital via ESM - tornou-se tão arraigada que o diretor do ESM, Klaus Regling, advertiu no fim de semana que a medida poderá não ser implementada.
"Há vários países nos quais o entusiasmo para a recapitalização bancária direta via ESM é limitado", disse Regling à revista alemã Wirtschaftswoche, acrescentando que ele não saberia dizer com certeza se "este novo instrumento viria a existir". Um porta-voz de Regling confirmou os comentários.
Essa advertência deve aumentar as preocupações de que os esforços da Europa para corrigir as falhas de sua união monetária estão perdendo urgência, após meses de relativa calma nos mercados financeiros europeus. As informações são da Dow Jones.