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Mulher, jovem e nordestino estão mais sujeitos ao desemprego

Conheça a diferença da taxa de desemprego entre homens e mulheres, jovens e adultos e moradores das diferentes regiões do país

Carteira de Trabalho pendurada em varal (Ilustração de Paulo Garcia sobre foto de Raul Junior/EXAME.com)

João Pedro Caleiro

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 13h40.

São Paulo - Eis o perfil do desempregado brasileiro mais comum: uma mulher jovem, moradora do Nordeste e com ensino médio incompleto.

A conclusão é da PNAD contínua, que usa uma nova metodologia e foi divulgada hoje pela primeira vez pelo IBGE .

Enquanto a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) recolhia dados apenas em 6 regiões metropolitanas e a PNAD anual abrangia 1.100 municipios, a nova PNAD contínua usa como referência 3.500 municípios e divulgará dados detalhados a cada trimestre.

Os números publicados hoje são referentes ao segundo trimestre de 2013.

Veja a seguir o que aumenta a chance de uma pessoa ser desempregada no Brasil:

Ser mulher

Desemprego geral: 7,4%
Desemprego masculino: 6%
Desemprego feminino: 9,3%

A desigualdade de gênero no Brasil ficou menos acentuada nos últimos anos, mas persiste.

As mulheres tem um nível de educação formal maior que o dos homens, mas ainda ganham menos e também estão mais sujeitas ao desemprego.

A diferença é maior na região Norte (4,9 pontos percentuais) e menor na Região Sul (2 pontos percentuais). Na visão geral do país, uma mulher tem 1,5x mais chance de estar desempregada do que um homem.

Ser jovem

Desemprego geral: 7,4%
Desemprego na faixa dos 14 a 17 anos: 22,8%
Desemprego na faixa dos 18 a 24 anos: 15,4%
Desemprego na faixa dos 25 a 39 anos: 7,2%
Desemprego na faixa dos 40 a 59 anos: 3,8%
Desemprego entre quem tem 60 anos ou mais: 1,8%

Um em cada cinco jovens brasileiros, ou 9,6 milhões de pessoas, são "nem-nems": nem estudam nem trabalham. A falta de perspectiva é compreensível quando se olha os números do desemprego.

É importante lembrar que a taxa, no entanto, não se refere à desocupação entre o total de jovens (ou idosos) no país, e sim entre aqueles que já são (ou querem ser) parte da população economicamente ativa.

Na média, um jovem dos 14 aos 17 anos tem 12,6x mais chance de estar desempregado do que uma pessoa com 60 anos ou mais.


Morar no Nordeste

Desemprego geral: 7,4%
Região Sul: 4,3%
Região Centro-Oeste: 6%
Região Sudeste: 7,2%
Região Norte: 8,3%
Região Nordeste: 10%

O Nordeste cresce mais e gera mais empregos que o resto do país, mas ainda não tirou o atraso no que se refere ao emprego.

Um em cada dez moradores do Nordeste está desempregado. Isso significa que um nordestino tem 2,3x mais chance de estar desempregado do que um sulista.

Ter ensino médio incompleto

Desemprego geral: 7,4%
Sem nenhum grau de instrução: 5,8%
Com ensino fundamental incompleto ou equivalente: 6,4%
Com ensino fundamental completo ou equivalente: 8,1%
Com ensino médio incompleto ou equivalente: 12,7%
Com ensino médio completo ou equivalente: 8,7%
Com superior incompleto ou equivalente: 7,8%
Com superior completo ou equivalente: 4%

Isso significa que uma pessoa com ensino médio incompleto tem 3,1x mais chance de estar desempregada do que uma com superior completo.

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São Paulo - Eis o perfil do desempregado brasileiro mais comum: uma mulher jovem, moradora do Nordeste e com ensino médio incompleto.

A conclusão é da PNAD contínua, que usa uma nova metodologia e foi divulgada hoje pela primeira vez pelo IBGE .

Enquanto a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) recolhia dados apenas em 6 regiões metropolitanas e a PNAD anual abrangia 1.100 municipios, a nova PNAD contínua usa como referência 3.500 municípios e divulgará dados detalhados a cada trimestre.

Os números publicados hoje são referentes ao segundo trimestre de 2013.

Veja a seguir o que aumenta a chance de uma pessoa ser desempregada no Brasil:

Ser mulher

Desemprego geral: 7,4%
Desemprego masculino: 6%
Desemprego feminino: 9,3%

A desigualdade de gênero no Brasil ficou menos acentuada nos últimos anos, mas persiste.

As mulheres tem um nível de educação formal maior que o dos homens, mas ainda ganham menos e também estão mais sujeitas ao desemprego.

A diferença é maior na região Norte (4,9 pontos percentuais) e menor na Região Sul (2 pontos percentuais). Na visão geral do país, uma mulher tem 1,5x mais chance de estar desempregada do que um homem.

Ser jovem

Desemprego geral: 7,4%
Desemprego na faixa dos 14 a 17 anos: 22,8%
Desemprego na faixa dos 18 a 24 anos: 15,4%
Desemprego na faixa dos 25 a 39 anos: 7,2%
Desemprego na faixa dos 40 a 59 anos: 3,8%
Desemprego entre quem tem 60 anos ou mais: 1,8%

Um em cada cinco jovens brasileiros, ou 9,6 milhões de pessoas, são "nem-nems": nem estudam nem trabalham. A falta de perspectiva é compreensível quando se olha os números do desemprego.

É importante lembrar que a taxa, no entanto, não se refere à desocupação entre o total de jovens (ou idosos) no país, e sim entre aqueles que já são (ou querem ser) parte da população economicamente ativa.

Na média, um jovem dos 14 aos 17 anos tem 12,6x mais chance de estar desempregado do que uma pessoa com 60 anos ou mais.


Morar no Nordeste

Desemprego geral: 7,4%
Região Sul: 4,3%
Região Centro-Oeste: 6%
Região Sudeste: 7,2%
Região Norte: 8,3%
Região Nordeste: 10%

O Nordeste cresce mais e gera mais empregos que o resto do país, mas ainda não tirou o atraso no que se refere ao emprego.

Um em cada dez moradores do Nordeste está desempregado. Isso significa que um nordestino tem 2,3x mais chance de estar desempregado do que um sulista.

Ter ensino médio incompleto

Desemprego geral: 7,4%
Sem nenhum grau de instrução: 5,8%
Com ensino fundamental incompleto ou equivalente: 6,4%
Com ensino fundamental completo ou equivalente: 8,1%
Com ensino médio incompleto ou equivalente: 12,7%
Com ensino médio completo ou equivalente: 8,7%
Com superior incompleto ou equivalente: 7,8%
Com superior completo ou equivalente: 4%

Isso significa que uma pessoa com ensino médio incompleto tem 3,1x mais chance de estar desempregada do que uma com superior completo.

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