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O que a ata do Copom não diz

O Banco Central (BC) divulgou nesta quarta-feira a ata da reunião extraordinária do Copom realizada no dia 14 de outubro, que confirmou as declarações do presidente do BC, Armínio Fraga. Oficialmente, os juros subiram apesar de a atividade econômica não estar pressionando os preços. As taxas avançaram de 18% para 21% ao ano para conter […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.

O Banco Central (BC) divulgou nesta quarta-feira a ata da reunião extraordinária do Copom realizada no dia 14 de outubro, que confirmou as declarações do presidente do BC, Armínio Fraga.

Oficialmente, os juros subiram apesar de a atividade econômica não estar pressionando os preços. As taxas avançaram de 18% para 21% ao ano para conter o repasse da alta do dólar para todos os preços da economia, tanto os administrados quanto os livres.

Uma leitura atenta mostra que há motivos para preocupação. Ao analisar a inflação mais básica - o núcleo de preços, sem contar os voláteis alimentos e os turbinados preços administrados - nota-se que a inflação dobrou em setembro. No mês passado, esse índice mostrou uma alta de 0,61%, ante 0,38% em agosto.

Parece pouco. Porém, numa projeção dos números para o ano, a inflação esperada salta de 4,66% para 7,57% - combustível suficiente para fazer o dragão voar de novo.

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Dessa forma, se o dólar continuar a não mostrar sinais de que vai ceder à pressão das medidas restritivas do BC, o Copom poderá voltar a elevar os juros em sua reunião da próxima quarta-feira, mesmo que faltem apenas quatro dias para o segundo turno da eleição presidencial.

Leia aqui a íntegra da Ata do Copom.

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