Economia

O PIB joga contra, os juros a favor

A quarta-feira deve ser um dia de confirmação das más notícias e de um novo alento para a fragilizada economia brasileira. Pela manhã, o IBGE divulgará o PIB do terceiro trimestre, que deve acabar com as últimas esperanças do mercado de que a economia já tenha mostrado uma leve melhora durante o terceiro trimestre. A […]

Para 2018, a previsão do Banco Mundial para a economia brasileira é de crescimento de 1,8%; para 2019, de 2,2%  / David Alves / Palácio Piratini (David Alves/Palácio Piratini/Reprodução)

Para 2018, a previsão do Banco Mundial para a economia brasileira é de crescimento de 1,8%; para 2019, de 2,2% / David Alves / Palácio Piratini (David Alves/Palácio Piratini/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 18h50.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h06.

A quarta-feira deve ser um dia de confirmação das más notícias e de um novo alento para a fragilizada economia brasileira. Pela manhã, o IBGE divulgará o PIB do terceiro trimestre, que deve acabar com as últimas esperanças do mercado de que a economia já tenha mostrado uma leve melhora durante o terceiro trimestre.

A expectativa do mercado é que o PIB do terceiro trimestre encolha 0,9% na comparação com os três meses anteriores e 3,2% na comparação anual. Dados como confiança do consumidor e da indústria e vendas do varejo mostraram que o terceiro trimestre ainda foi de retração e fez com que economistas revisassem suas projeções para 2017. Até o governo prevê agora que a economia em 2017 crescerá 1%, ante estimativa anterior de 1,6%.

Por outro lado, às 18h, o Comitê de Política Monetária Nacional deve anunciar a redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros do país – uma das medidas tidas como fundamentais para a retomada do crescimento econômico do país. Os juros estão atualmente em 14%.

A queda estimularia a tomada de crédito das empresas para voltar a investir no país. Especialistas consultados pelo Boletim Focus, do Banco Central, esperam que a taxa de juros do país termine 2017 em 10,75%.

“O ano de 2017 vai ter na redução dos juros o grande estímulo para que a recuperação cíclica em andamento acelere e abra espaço para um crescimento bem mais forte no ano eleitoral de 2018”, afirma o ex-ministro e ex-presidente do BNDES Luiz Carlos Mendonça de Barros, colunista de EXAME Hoje.

A queda de juros deve ser consequência de outro indicador que deve ajudar a economia (e o governo) durante 2017: a queda da inflação. O mercado espera que o IPCA termine em 2017 em 4,93%. O número ainda estaria acima da meta do Banco Central de 4,5%, mas é um alívio diante dos 6,71% projetados para o fim deste ano.

 

 

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