INDÚSTRIA: Índice que mede a ociosidade das fábricas se aproxima de seu pior nível em 15 anos, segundo a FGV / Agência Brasil
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2016 às 19h50.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h53.
Nesta quarta-feira, enquanto Michel Temer deve se tornar presidente definitivo até 2018, o IBGE divulga, às 9h, um dos números que mostra o abacaxi econômico que o novo governo terá pela frente: o Produto Interno Bruto do segundo trimestre.
A expectativa é de uma retração de 0,5% na comparação com o primeiro trimestre do ano e uma queda de 3,9% na comparação anual. A divulgação deve levar especialistas ao rotineiro ajuste das projeções futuras. Desta vez, o desafio é prever quando o país voltará a crescer. Para a maioria dos economistas, o terceiro trimestre ainda deve ser de perdas. “Esse trimestre já está dado, não houve muitos avanços na economia e vem mais uma retração por aí”, afirma Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra.
O governo de Michel Temer trabalha com um resultado positivo já nos números do quarto trimestre deste ano – que seria fruto de uma melhora da confiança na indústria e no consumo. Para os mais otimistas dentro do governo, a alta pode vir já no terceiro trimestre. Mas, no mercado, ninguém aposta numa alta antes de outubro – e ainda assim de no máximo 0,2%.
Para os mais pés no chão, o crescimento deve vir mesmo no início de 2017. É quando uma melhora no cenário político e uma queda na taxa de juros devem destravar investimentos no país. Os projetos de concessões de portos, aeroportos e rodovias e as parcerias com a iniciativa privada tendem a ser as primeira iniciativas do governo Temer a trazer resultados para o PIB. “As outras medidas econômicas que o governo quer colocar em ação vão demorar para trazer algum efeito”, afirma Inágcio Crespo, economista-chefe da corretora Guide.
O último Boletim Focus mostra uma previsão de expansão da economia em 2017 de 1,23%. O governo está mais otimista: 1,6%. Os dados divulgados nesta quarta-feira podem levar a uma nova revisão, para cima ou para baixo. Para Temer, muda muito pouco: há muito trabalho pela frente.