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Números do governo central surpreendem

Apesar do forte aumento do número de funcionários públicos no ano passado, despesas com pessoal e encargos sociais estão abaixo do esperado

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h40.

Alguns indicadores do governo federal surpreenderam duplamente os analistas que acompanham o setor público nesta semana. O resultado primário recorde do governo central composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central e a contenção de gastos com servidores públicos federais foram surpresas elogiadas por economistas.

Apesar do forte aumento no número de funcionários públicos no ano passado que passou de aproximadamente 1,9 milhão de servidores para mais de 1,95 milhão , o desembolso com pessoal e encargos sociais tem vindo abaixo do esperado pelos analistas nos primeiros meses de 2005. "Nessa área, é possível ver o esforço do governo para evitar uma expansão das despesas", afirma Guilherme Loureiro, em análise da consultoria Tendências.

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Em abril, essas rubricas consumiram 6,3 bilhões de reais, o equivalente a 4,85% do Produto Interno Bruto (PIB) participação 0,13 ponto percentual menor que a do mesmo mês de 2004. De acordo com a Tendências, esse é um movimento positivo, pois desengessa o orçamento público e permite a geração de superávits primários maiores.

O resultado primário do governo central em abril, 12,9 bilhões de reais, é o maior desde janeiro de 1999 e ficou bem acima das previsões. No primeiro quadrimestre, o superávit acumulou 30,4 bilhões de reais, o que equivalente a 3% do PIB.

As contas da Previdência Social também estão melhores. O déficit do sistema ficou em 2 bilhões de reais no mês passado, abaixo dos 3 bilhões projetados pelos analistas. Segundo Loureiro, o resultado baseou-se no incremento das receitas previdenciárias. Ainda é preocupante o crescimento de 7 bilhões de reais das despesas com o pagamento de benefícios no primeiro quadrimestre. Apesar do aumento dos gastos, o analista da Tendências afirma que os resultados até abril são compatíveis com as projeções de que 146,7 bilhões de reais serão pagos em benefícios previdenciários neste ano.

Em sua análise, o consultor da Tendências faz uma ressalva. O esforço do governo em conter despesas com servidores é positivo, mas boa parte do efeito positivo nos indicadores se deve à pesada carga tributária que castiga as empresas e os contribuintes brasileiros.

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