Economia

Planos de saúde perdem 3,4 milhões de usuários em cinco anos

Em 2019, o setor fechou com 47,03 milhões de beneficiários contra 47,1 milhões em 2018

Planos de saúde: modalidades de planos coletivos por adesão e empresariais registraram alta (Getty/Getty Images)

Planos de saúde: modalidades de planos coletivos por adesão e empresariais registraram alta (Getty/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de fevereiro de 2020 às 10h38.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2020 às 20h48.

Rio - Os plano de saúde no Brasil perderam 3,4 milhões de usuários em cinco anos, segundo um balanço divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em 2019, o setor fechou com 47,03 milhões de beneficiários contra 47,1 milhões em 2018, de acordo com dados da ANS. Percentualmente, uma queda de 0,1%.

Em dezembro de 2014, foi alcançado o pico do número de brasileiros que tinham algum plano de assistência no país: 50.531.748

Embora o número total de clientes tenha registrado queda, as modalidades de planos coletivos por adesão e empresariais registraram alta, encerrando o ano com 6.157.319 e 31.754.560, respectivamente.

A queda, no entanto, foi referente aos planos individuais. A modalidade, que tem regras mais rígidas para assegurar os beneficiários, encerrou o ano com 9.033.912, ante 9.112.501 em 2018.

Para a advogada Renata Vilhena Silva, especializada em direito à saúde do escritório Vilhena Silva Advogados, o número de usuários nos planos coletivos segue crescendo, porque as operadoras deixaram de comercializar os planos individuais. Ela lembra que a falta de regulamentação nos contratos coletivos por adesão ou empresariais permanece como principal.

"A queda no número de usuários reflete a situação econômica do país. A recuperação dependerá do aquecimento no mercado de trabalho. Desde 2014, mais de três milhões de pessoas deixaram de contribuir com o sistema privado também por causa dos reajustes excessivos das mensalidades", avaliou Renata.

Segundo a ANS, houve aumento na quantidade de beneficiários em planos de assistência médica em 11 estados, sendo Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro os líderes em números absolutos na comparação dezembro de 2019 com mesmo período do ano anterior. Na segmentação odontológica, 24 estados e o Distrito Federal registraram aumento no número de beneficiários. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os estados que registraram os maiores aumentos em relação ao mesmo período do ano anterior.

O segmento exclusivamente odontológico manteve trajetória de crescimento, contabilizando 26.024.494 usuários — expansão de 1.739.649 em relação a dezembro de 2018.

Acompanhe tudo sobre:Planos de saúde

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor