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Novo salário mínimo da Venezuela entrará em vigor em setembro

O salário mínimo a partir de setembro será de 1,8 mil bolívares soberanos, o equivalente a 180 milhões de bolívares hoje

Maduro anunciou um aumento do salário mínimo de 60 vezes maior em relação ao atual (foto/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 09h38.

Caracas - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro , disse que o novo salário mínimo do país entrará em vigor em setembro, como parte de um pacote de medidas que acompanhará a reconversão monetária que terá início nesta segunda-feira, no momento que o país enfrenta uma hiperinflação acentuada.

O presidente anunciou na sexta-feria desvalorização de 96 por cento, aumento significativo do salário mínimo de 60 vezes maior em relação ao atual, uma reforma tributária que inclui um imposto sobre produtos e transações financeiras, assim como a revisão do preço da gasolina, como parte de um plano demoeda venexz "recuperação econômica".

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"O novo salário vai entrar em vigor a partir de 1º de setembro. Aqueles que estão pensando em uma loucura de remarcação de preços, cuidado", disse Maduro em transmissão ao vivo pelo Facebook.

Cada trabalhador ganhará 1,8 mil bolívares soberanos, o equivalente a 180 milhões de bolívares hoje, o que representa um peso para as empresas, que lutam para se manter em atividade diante dos rígidos controles de preços e câmbio.

Críticos e analistas dizem que as medidas anunciadas por Maduro não vão aliviar a hiperinflação que assola a nação petrolífera, que segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) pode chegar a 1 milhão por cento até o final do ano.

"O que anunciei na sexta-feira é o ponto mínimo de equilíbrio inicial... para um processo de recuperação necessário dos equilíbrios macroeconômicos... que nos leve a um processo de normalização e recuperação", disse Maduro em a rede social acompanhado pela vice-presidente do país, Delcy Rodríguez.

Alguns partidos da oposição e sindicatos convocaram uma greve nacional na terça-feira 21 de agosto contra o que eles chamam de "pacote econômico".

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