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Nova zona de livre comércio da China gera altas expectativas

País informou que vai abrir seu protegido setor de serviços para a competição externa na zona de comércio e utilizá-la como teste para reformas financeiras

Iuane: expectativas de que Pequim seguirá com os planos de reforma tem impulsionado o investimento especulativo em imóveis dentro e ao redor da zona de livre comércio (Arquivo/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 09h11.

Pequim/Xangai - A China anunciou formalmente planos detalhados para uma nova zona de livre comércio em Xangai, promovida como potencialmente a maior reforma econômica do país desde que Deng Xiaoping usou uma zona similar em Shenzhen para abrir em 1978 a economia fechada ao comércio.

Em anúncio do Conselho de Estado, ou o gabinete, nesta sexta-feira, a China informou que vai abrir seu protegido setor de serviços para a competição externa na zona de comércio e utilizá-la como teste para reformas financeiras audaciosas, incluindo um iuan coversível e taxas de juros liberalizadas.

Economistas consideram ambas as áreas como impulsos essenciais para reestruturar a segunda maior economia do mundo e colocá-la em um caminho de crescimento mais sustentável.

Nenhum cronograma específico foi dado para a implementação de qualquer uma das reformas, embora elas devam entrar em vigor dentro dos próximos dois ou três anos, disse o governo, acrescentando que a liberalização financeira pode depender de controles de risco adequados. A mídia estatal chinesa alertou que reformas financeiras não devem ser implementadas neste ano.

Um executivo de um multinacional estrangeira em Xangai disse que a empresa dele está aguardando por mais detalhes. "Será que essa segunda versão de Shenzen está anunciando o começo de uma nova era no comércio, ou apenas algo passageiro para simplesmente impulsionar a confiança econômica?" A zona, nomeada formalmente de Zona de Livre Comércio Piloto da China (Xangai), deve abrir formalmente no domingo. A China suspenderá certas leis nacionais que regulam o estabelecimento de empresas estrangeiras na zona efetivamente em 1o de outubro.


Além de estabelecer metas para melhoras nas áreas de serviços financeiros, comércio e governança, o documento detalha iniciativas que cobrem 18 diferentes indústrias que vão desde embarques marítimos e seguros até educação e bancos estrangeiros.

As expectativas de que Pequim seguirá com os planos de reforma tem impulsionado o investimento especulativo em imóveis dentro e ao redor da zona de livre comércio e as ações de companhias que devem se beneficiar com sua criação e operação.

Os valores de imóveis têm crescido em meio às expectativas de que companhias chinesas e internacionais aluguem escritórios, remodelem imóveis existentes ou construam novos.

Porém, analistas e observadores citam desafios. Michael Klibaner, diretor de pesquisa sobre a China na Jones Lang LaSalle, afirmou que haverá dificuldades operacionais para vender a zona aos investidores.

Por exemplo, ele citou que apesar das três áreas geográficas que formarão a zona -- Waigaoqiao, porto de Yangshan e aeroporto internacional de Pudong -- estarem tecnicamente em Xangai, elas estão distantes mais de uma hora de carro do centro da cidade.

"Como você pode alcançar seus clientes se está separado fisicamente deles?", perguntou.

May Yan, analista do Barclays Capital em Hong Kong, afirmou que o anúncio desta sexta-feira não constitui um "avanço".

"Minha preocupação é que Xangai se torne parecida com Qianhai", disse ela. "O que é nada, onde basicamente nada aconteceu."

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Pequim/Xangai - A China anunciou formalmente planos detalhados para uma nova zona de livre comércio em Xangai, promovida como potencialmente a maior reforma econômica do país desde que Deng Xiaoping usou uma zona similar em Shenzhen para abrir em 1978 a economia fechada ao comércio.

Em anúncio do Conselho de Estado, ou o gabinete, nesta sexta-feira, a China informou que vai abrir seu protegido setor de serviços para a competição externa na zona de comércio e utilizá-la como teste para reformas financeiras audaciosas, incluindo um iuan coversível e taxas de juros liberalizadas.

Economistas consideram ambas as áreas como impulsos essenciais para reestruturar a segunda maior economia do mundo e colocá-la em um caminho de crescimento mais sustentável.

Nenhum cronograma específico foi dado para a implementação de qualquer uma das reformas, embora elas devam entrar em vigor dentro dos próximos dois ou três anos, disse o governo, acrescentando que a liberalização financeira pode depender de controles de risco adequados. A mídia estatal chinesa alertou que reformas financeiras não devem ser implementadas neste ano.

Um executivo de um multinacional estrangeira em Xangai disse que a empresa dele está aguardando por mais detalhes. "Será que essa segunda versão de Shenzen está anunciando o começo de uma nova era no comércio, ou apenas algo passageiro para simplesmente impulsionar a confiança econômica?" A zona, nomeada formalmente de Zona de Livre Comércio Piloto da China (Xangai), deve abrir formalmente no domingo. A China suspenderá certas leis nacionais que regulam o estabelecimento de empresas estrangeiras na zona efetivamente em 1o de outubro.


Além de estabelecer metas para melhoras nas áreas de serviços financeiros, comércio e governança, o documento detalha iniciativas que cobrem 18 diferentes indústrias que vão desde embarques marítimos e seguros até educação e bancos estrangeiros.

As expectativas de que Pequim seguirá com os planos de reforma tem impulsionado o investimento especulativo em imóveis dentro e ao redor da zona de livre comércio e as ações de companhias que devem se beneficiar com sua criação e operação.

Os valores de imóveis têm crescido em meio às expectativas de que companhias chinesas e internacionais aluguem escritórios, remodelem imóveis existentes ou construam novos.

Porém, analistas e observadores citam desafios. Michael Klibaner, diretor de pesquisa sobre a China na Jones Lang LaSalle, afirmou que haverá dificuldades operacionais para vender a zona aos investidores.

Por exemplo, ele citou que apesar das três áreas geográficas que formarão a zona -- Waigaoqiao, porto de Yangshan e aeroporto internacional de Pudong -- estarem tecnicamente em Xangai, elas estão distantes mais de uma hora de carro do centro da cidade.

"Como você pode alcançar seus clientes se está separado fisicamente deles?", perguntou.

May Yan, analista do Barclays Capital em Hong Kong, afirmou que o anúncio desta sexta-feira não constitui um "avanço".

"Minha preocupação é que Xangai se torne parecida com Qianhai", disse ela. "O que é nada, onde basicamente nada aconteceu."

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