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Nova PIS/Cofins deve esfriar exportação de etanol dos EUA

Alta na tarifa de importação de etanol, que deve ser publicada nas próximas horas pelo governo, preocupa tradings dos EUA, principal exportador para o Brasil

Fábrica de produção de açúcar e etanol: presidente assinou a lei no fim da sexta-feira (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2015 às 16h27.

São Paulo - O governo brasileiro deve publicar nas próximas horas uma alta na tarifa de importação de etanol para 11,75 por cento, beneficiando usinas locais e provocando preocupação em tradings dos Estados Unidos, principal exportador para o Brasil.

No fim de maio, o Senado aprovou a Medida Provisória (MP) 668 que aumenta as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins sobre importações, incluindo as de etanol.

A presidente Dilma Rousseff assinou a lei no fim da sexta-feira, disse a assessoria do Palácio do Planalto nesta segunda-feira.

Ainda não está claro se a presidente incluiu algum veto a partes da lei aprovada no Senado. O Diário Oficial da União desta segunda-feira não incluiu o texto assinado pela presidente, mas a Secretaria de Imprensa do Planalto disse que a lei poderia ser publicada em edição extra do Diário Oficial na tarde desta segunda-feira.

O aumento da tarifa de importação entra em vigor assim que for publicado no Diário Oficial.

O etanol importado pelo Brasil recebe atualmente tarifação de 9,25 por cento, embora o importador receba créditos tributários que compensam a tarifa.

"O crédito irá terminar quando o governo elevar a tarifa, portanto é uma alta efetivada de 11,75 por cento", disse o analista-chefe da Bioagência, Tarcilo Rodrigues.

O Brasil importou 357 milhões de litros de etanol dos Estados Unidos de janeiro a maio, alta de 26 por cento ante o mesmo período de 2014, segundo dados da alfândega brasileira.

Operadores disseram que os carregamentos de etanol dos EUA para o Brasil em 2015, destinados principalmente para o Nordeste, foram provavelmente negócios fechados quando os preços ainda estavam atrativos em 2014.

"A arbitragem não está mais atrativa nesta direção, mas o aumento da tarifa irá esfriar totalmente esse comércio", disse o analista Arnaldo Corrêa, da Archer Consulting.

Comerciantes norte-americanos de etanol também expressaram preocupação, dizendo que o aumento do PIS/Cofins será uma "barreira significativa" para as exportações. Os estoques de etanol dos EUA estão perto do maior nível desde 2012 e os preços nos mercados futuros estão pressionados.

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São Paulo - O governo brasileiro deve publicar nas próximas horas uma alta na tarifa de importação de etanol para 11,75 por cento, beneficiando usinas locais e provocando preocupação em tradings dos Estados Unidos, principal exportador para o Brasil.

No fim de maio, o Senado aprovou a Medida Provisória (MP) 668 que aumenta as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins sobre importações, incluindo as de etanol.

A presidente Dilma Rousseff assinou a lei no fim da sexta-feira, disse a assessoria do Palácio do Planalto nesta segunda-feira.

Ainda não está claro se a presidente incluiu algum veto a partes da lei aprovada no Senado. O Diário Oficial da União desta segunda-feira não incluiu o texto assinado pela presidente, mas a Secretaria de Imprensa do Planalto disse que a lei poderia ser publicada em edição extra do Diário Oficial na tarde desta segunda-feira.

O aumento da tarifa de importação entra em vigor assim que for publicado no Diário Oficial.

O etanol importado pelo Brasil recebe atualmente tarifação de 9,25 por cento, embora o importador receba créditos tributários que compensam a tarifa.

"O crédito irá terminar quando o governo elevar a tarifa, portanto é uma alta efetivada de 11,75 por cento", disse o analista-chefe da Bioagência, Tarcilo Rodrigues.

O Brasil importou 357 milhões de litros de etanol dos Estados Unidos de janeiro a maio, alta de 26 por cento ante o mesmo período de 2014, segundo dados da alfândega brasileira.

Operadores disseram que os carregamentos de etanol dos EUA para o Brasil em 2015, destinados principalmente para o Nordeste, foram provavelmente negócios fechados quando os preços ainda estavam atrativos em 2014.

"A arbitragem não está mais atrativa nesta direção, mas o aumento da tarifa irá esfriar totalmente esse comércio", disse o analista Arnaldo Corrêa, da Archer Consulting.

Comerciantes norte-americanos de etanol também expressaram preocupação, dizendo que o aumento do PIS/Cofins será uma "barreira significativa" para as exportações. Os estoques de etanol dos EUA estão perto do maior nível desde 2012 e os preços nos mercados futuros estão pressionados.

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