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Nova chair do Fed, Yellen começa a enfrentar o Congresso

Janet Yellen falará a parlamentares pela primeira vez como chair do banco central do país

Janet Yellen: expectativa é que ela dê um tom de otimismo cauteloso após uma série mista de dados que levantaram dúvidas sobre as perspectivas para a maior economia do mundo (Joshua Roberts/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 07h23.

Washington - A saúde da economia norte-americana e as extraordinárias mas controversas medidas que o Federal Reserve adotou para sustentá-la serão os principais tópicos desta terça-feira, quando Janet Yellen falará a parlamentares pela primeira vez como chair do banco central do país.

Yellen, em apenas sua segunda semana no cargo desde que sucedeu Ben Bernanke neste mês, vai querer reforçar a determinação do Fed em parar de imprimir dinheiro mais adiante neste ano, ao mesmo tempo em que deverá garantir aos investidores que um aumento nas taxas de juros continua longe, dizem economistas.

A expectativa é que ela dê um tom de otimismo cauteloso após uma série mista de dados que levantaram dúvidas sobre as perspectivas para a maior economia do mundo.

O discurso preparado de Yellen sobre o relatório de política monetária semestral do Fed será divulgado às 11h30 (horário de Brasília). A audiência diante do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados, controlado pelos republicanos, começa às 13h.

Novos chairs do Fed algumas vezes colocam a política monetária em um caminho diferente, como fez Paul Volcker em 1979. Mas Yellen, que foi vice-chair sob Bernanke, foi coautora da atual política expansionista do Fed e efetivamente escreveu o livro sobre como o banco central se comunica, portanto provavelmente fará poucas alterações logo depois de assumir o comando.

Esperamos que ela "não mostre nem um tom mais 'dovish' nem mais 'hawkish'", disse Roberto Perli, ex-autoridade do Fed que agora é sócio da empresa de pesquisa política Cornerstone Macro. "Isso pode ser uma surpresa para uma série de investidores que a consideram mais 'dovish' do que Bernanke." Mais de quatro anos após o fim da recessão de 2007-2009, o Fed embarcou no que talvez tenha sido sua mais difícil mudança de política ao tentar se afastar de inundar o sistema financeiro com dinheiro ultrabarato. Embora a expectativa seja de manutenção da taxa de juros perto de zero até o próximo ano, ele começou a reduzir suas compras de títulos, ainda que o ritmo possa frustrar alguns republicanos que acham que o programa é negligente.

Na quinta-feira, Yellen, a primeira mulher a presidir o Fed em seus 100 anos de história, falará ao Comitê Bancário do Senado, controlado pelos democratas.

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Washington - A saúde da economia norte-americana e as extraordinárias mas controversas medidas que o Federal Reserve adotou para sustentá-la serão os principais tópicos desta terça-feira, quando Janet Yellen falará a parlamentares pela primeira vez como chair do banco central do país.

Yellen, em apenas sua segunda semana no cargo desde que sucedeu Ben Bernanke neste mês, vai querer reforçar a determinação do Fed em parar de imprimir dinheiro mais adiante neste ano, ao mesmo tempo em que deverá garantir aos investidores que um aumento nas taxas de juros continua longe, dizem economistas.

A expectativa é que ela dê um tom de otimismo cauteloso após uma série mista de dados que levantaram dúvidas sobre as perspectivas para a maior economia do mundo.

O discurso preparado de Yellen sobre o relatório de política monetária semestral do Fed será divulgado às 11h30 (horário de Brasília). A audiência diante do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados, controlado pelos republicanos, começa às 13h.

Novos chairs do Fed algumas vezes colocam a política monetária em um caminho diferente, como fez Paul Volcker em 1979. Mas Yellen, que foi vice-chair sob Bernanke, foi coautora da atual política expansionista do Fed e efetivamente escreveu o livro sobre como o banco central se comunica, portanto provavelmente fará poucas alterações logo depois de assumir o comando.

Esperamos que ela "não mostre nem um tom mais 'dovish' nem mais 'hawkish'", disse Roberto Perli, ex-autoridade do Fed que agora é sócio da empresa de pesquisa política Cornerstone Macro. "Isso pode ser uma surpresa para uma série de investidores que a consideram mais 'dovish' do que Bernanke." Mais de quatro anos após o fim da recessão de 2007-2009, o Fed embarcou no que talvez tenha sido sua mais difícil mudança de política ao tentar se afastar de inundar o sistema financeiro com dinheiro ultrabarato. Embora a expectativa seja de manutenção da taxa de juros perto de zero até o próximo ano, ele começou a reduzir suas compras de títulos, ainda que o ritmo possa frustrar alguns republicanos que acham que o programa é negligente.

Na quinta-feira, Yellen, a primeira mulher a presidir o Fed em seus 100 anos de história, falará ao Comitê Bancário do Senado, controlado pelos democratas.

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