Nesta quarta-feira, 3, a cidade do Rio de Janeiro foi oficializada como sede da nova bolsa de valores do Brasil, a ATS (American Trading Service). O anúncio ocorreu em um evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), que contou com a presença do prefeito Eduardo Paes (PSD) e de representantes da Americas Trading Group (ATG), empresa que vai ficar responsável pela operação.
A ATG é uma empresa de tecnologia que negocia ativos financeiros e já atua no Brasil, em outros países da América Latina e nos EUA, oferecendo uma plataforma para clientes operarem em Bolsas e outros mercados. Desde 2023, o controle da ATG pertence à Mubadala,dos Emirados Árabes Unidos. A localização da nova Bolsa na cidade ainda não foi definida.
Durante esta manhã, Eduardo Paes também sancionou o projeto de lei que cria incentivos para a instalação de uma nova Bolsa e afirmou que as operações devem começar até o segundo semestre de 2025.
As atividades ainda precisam ser aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central.
A medida reduz para 2% o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) que é aplicado nas atividades desempenhadas por uma bolsa de valores, mercadorias e futuros, além das atividades de grupos envolvidos na negociação, liquidação e custódia de ativos financeiros. O projeto de lei proposto pela gestão de Paes foi aprovado pela Câmara Municipal no mês passado.
Impactos da nova Bolsa do Rio de Janeiro
De acordo com a Prefeitura do Rio, a nova bolsa negociará ações, derivados, câmbio e commodities, competindo com a B3, em São Paulo. Ela também será a 1º Bolsa Brasileira de Crédito de Carbono sedidada na capital carioca.
A competição gerada pela abertura de novas bolsas pode trazer:
- redução dos custos de listagem cobrados pelas empresas
- incentivo a abertura de capital e busca por recursos por parte de novas empresas
- redução nas taxas de negociação
- mais movimentação de liquidez de capitais
O prefeito Eduardo Paes afirmou que a redução do ISS não apenas diminui os custos dos investimentos, mas também facilita a criação da nova bolsa, promovendo a concorrência. A iniciativa também pretende equiparar o imposto no Rio ao de São Paulo, para deixar a capital carioca mais atraente em relação à B3.