Economia

Nelson Barbosa cita dólar 'ideal' de R$ 2,20 a R$ 2,50

Segundo secretário, país deve manter o câmbio flutuante e fugir da tentação de forçar a apreciação da moeda para atingir a meta de inflação


	Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa: "câmbio (ótimo) muda constantemente, é preciso evitar muita depreciação e muita apreciação"
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa: "câmbio (ótimo) muda constantemente, é preciso evitar muita depreciação e muita apreciação" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 13h56.

Rio - O Brasil deve manter o câmbio flutuante e fugir da tentação de forçar a apreciação da moeda para atingir a meta de inflação. A avaliação é do ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.

Em sua primeira apresentação aberta no País desde que deixou o governo, em junho, o economista indicou que o ideal é que a taxa se mantenha em um patamar entre R$ 2,20 e R$ 2,50.

"O câmbio (ótimo) muda constantemente, é preciso evitar muita depreciação e muita apreciação. Agora, ir para muito abaixo de R$ 2,20 neste momento não é muito recomendável, assim como ficar acima de R$ 2,50 seria muito excessivo comparado ao que aconteceu com outros países", disse Barbosa nesta quinta-feira, 26.

Segundo ele, assim como o governo não deve forçar uma depreciação da moeda, também não deve produzir uma grande apreciação só para cumprir a meta de inflação. "(O governo) deve resistir à tentação de apreciar rápido, para cumprir a meta a curto prazo porque isso te gera problema a longo prazo", disse a jornalistas.

Para Barbosa, a intenção do governo é atingir a meta de 4,5% até 2015, o que considera factível. "O mercado está muito pessimista com uma inflação de 6%, mas depende muito se o câmbio vai se desvalorizar, se vai ter reajuste de combustíveis e qual será. Acho que 6% no ano que vem ainda é (um patamar) alto", disse.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarEconomistasMoedasNelson BarbosaPolítica cambial

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron