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Explosão de crédito leva dívida da China para 250% do PIB

Desde 2008, a dívida da China explodiu e já é 2,5 vezes do tamanho da economia - que precisa de cada vez mais crédito para conseguir crescer

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Pedestre em escada rolante em Xangai: a China depende demais de crédito para crescer (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Pedestre em escada rolante em Xangai: a China depende demais de crédito para crescer (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

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João Pedro Caleiro

Publicado em 24 de julho de 2014 às, 12h51.

São Paulo - A dívida total da China chegou a 250% do PIB, de acordo com um cálculo do banco britânico Standard Chartered. No final de 2008, o número estava em 147%.

Isso significa que em menos de 6 anos, a China acumulou dívidas extras do tamanho da sua economia (a segunda maior do mundo). Só nos últimos seis meses, o aumento foi de 17 pontos percentuais. 

"A economia continuará sendo alavancada e o mercado continuará preocupado", diz Stephen Green, que assina o relatório.

O problema não é o número em si. Em 2013, a relação entre dívida e PIB chegou a 260% nos Estados Unidos, 277% no Reino Unido e 415% no Japão, de acordo com o Financial Times.

A diferença é que todos estes países são de alta renda e acumularam suas obrigações financeiras ao longo de um período maior. Na China, isso ocorreu de forma rápida e antes que o país enriquecesse.

Desde a crise financeira, os chineses tem apostado fortemente no crédito como forma de sustentar suas altas taxas de crescimento.

Historicamente, este é um processo que termina em crise financeira. Em março, o país registrou seu primeiro calote doméstico de bônus, da fabricante de equipamentos solares Chaori Solar, e muitos analistas afirmam que outros fatalmente virão.

Conta a favor da China o fato de que a esmagadora maioria dessa dívida é doméstica. O governo central controla quase todo o sistema financeiro e a maior parte dos devedores, o que facilita e muito a rolagem da dívida.

Mas o fato é que se a economia chinesa não caminhar para um modelo mais saudável, estará condenada à lei dos rendimentos decrescentes: precisar de "mais e mais crédito para entregar menos crescimento", nas palavras de Christopher Wood, economista do CLSA.

O governo demonstra que está atento para o dilema, mas não hesita em insistir nos mesmos instrumentos de estímulo ao menor sinal de desaceleração. Por enquanto, tem dado certo, mas o sinal amarelo foi aceso.

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